Dois cílios em pleno ar...

Voltei de ônibus, com a língua cheia de amor e de agonia.
O tempo agente não controla e, às vezes, o ditado muda: quem vê cara, não vê que horas são.
Ah, mas quando fazemos o que gostamos, como o tempo é mesquinho!
Na minha pele o cheiro suave e quente... Rosas, canela, paixão...
Da pele ao travesseiro, do travesseiro aos sonhos.
E que sonhos!
Depois não nos resta nada além da recordação...
E eu não vou reclamar!
Por mais que parecesse eterno
(e a vontade era essa)
O eterno era apenas aquilo...
Poucos minutos
E saudades.