terça-feira, 29 de abril de 2008

E se eu desmoronar, se não pudesse mais aguentar...


Como se faz pra deixar de existir por um dia?

...tô tão cansada de tudo...

domingo, 27 de abril de 2008

Lá vem vindo, no azul do céu, pra mim...


Hoje eu acordei assim, cheia de prosa.
Fui navarandolhar e fiquei lá por alguns minutos, lendo. Ah, antes de qualquer coisa, devo apresentar a vocês meu verbo preferido: navarandolhar. Rubem Alves. Navarandolhar nada mais é que o ato de ir na varanda e olhar, assentar-se na varanda, sem querer fazer nada...
Não dá pra ficar sentada o dia todo na frente de uma televisão relembrando minunciosamente os fatos do assassinato da menina Isabella. Me dá gastrite. Estresso. Eu, que nem a conheci, sinto aquela dorzinha chata no coração toda vez que vejo a foto doce e meiga sorrindo pra câmera. A verdade é que crianças são assassinadas, violentadas, estupradas, sequestradas e sabe-se-lá-o-que-mais todos os dias. Não só aqui, mas no mundo todo. Fora as que morrem de fome, de frio, de sede...
Eu acredito em anjos. Eu acredito na força angelical de uma criança. Acredito no olhar e nas palavras, nos medos, nas crenças, nos sonhos, nas premonições, nas intuições. Eu acredito nas crianças... Ouvi dizer que tem a ver com algo celeste. Crianças são anjos. Imagine um mundo que não fosse povoado por esse tipo de gente. E suas risadas mais gostosas... Sem elas, o mundo seria como uma cidade sem pássaros. São elas que nos lembram que milagres existem. Mesmo sem querer nos pedem para continuarmos em pé, que tudo tem um começo, mas o fim ninguém sabe quando vai ser... E aproveitam o máximo enquanto podem.
Esta criança, ou melhor, este anjo, esqueceram que estava sem suas asas, e colocaram-no em prova de fogo em tão pouco tempo na terra. Anjo mensageiro, provável. Chegou, ensinou, mandou sua mensagem e se foi. E tem aqueles que são guardiões. Ainda pequenos, aos 8 anos já cuidam dos seus irmãos ainda menores.
Esses anjos não se diferenciam muito daqueles que não conseguimos enchergar, por estarem apenas em espírito. Esses anjos, feito crianças, dogmáticos, acreditam no que é bom, e colhem do melhor, pois plantam a verdade. Puros. São o que restou da fé.
Sim, eu acredito.
Bem... Vou voltar a navarandolhar. Quem sabe não tem um anjo, ou melhor, uma criança, a me acompanhar?

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Terra, planeta água...


Eu te amo minha mãe!
Não te aflijas, estamos contigo
Não podemos lutar o suficiente
Mas do teu cal somos filhos
As folhas da tua terra nos presenteia com suas sombras
Nada somos sem seu ar, sua água, seu chão...
E teu íntimo, borbulhando vida porém explodindo em redenção
Não te entregues, lute!
Por estes pés que te acariciam
E estas lágrimas que te humedecem ao tocar o chão
Acolhe do universo a energia que lhe falta
Estamos tentando...!
Estamos tentando lhe devolver o que já te roubaram
Toma do sol tua energia
E das estrelas tua companhia
Segura-te um pouco mais
Somos unidos a ti, pois somos feito do teu pó
E do teu ar sobrevivemos
Precisamos de ti!
Segura-te
Aguenta um pouco mais
Ainda há vida por aqui...
Não vamos te deixar cair.


domingo, 20 de abril de 2008

All we need is love...


Apesar de ter passado os dias de prova e entrega de trabalhos, meu irmão ainda acha que é filho único porque vivo trancada no meu quarto fazendo os benditos trabalhos. (Vai fazer arquitetura, vai!)
Mas meus dedos estavam coçando pra eu postar e não me segurei, tive que me dar esse tempinho!
Com os beatles tocando no meu quarto "all we need is love" pensei se é realmente de amor que precisamos... Porque tem tanta gente por aí que diz que amar é sofrer e blábláblá...
Não... É porque nem todo mundo sabe das várias faces do amor... E o amor que realmente precisamos, este talvez não tenha nome, mas ainda sim, existe! O amor que precisamos é aquele que:

Eleva o espírito.
Abre a mente.
Desenvolve auto-estima.
E confiança.
Não depende.
Mas acompanha.
Desperta almas.
Amolece corações.
Irradia luz.
Dispensa significados.
Chega na hora certa.
Aumenta a fé.
Fortalece.
Não fere.
Cura.
Une.
Harmoniza o ambiente.
Consola.
Concilia.
Entusiasma.
Vive.
Integra partes.
Libera o riso.
Repara erros.
Semeia amizade.
Produz confiança.
Cria felicidade.
Acolhe.
Acarinha.
Respeita.
Traz paz!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Contra o Analfabetismo


Hoje é dia 18 de abril, na blogosfera está havendo um movimento contra o analfabetismo e eu não pude deixar de confirmar minha presença.
Para fins estatísticos, analfabeta é a pessoa acima de 15 anos que não sabe ler e escrever.. O analfabetismo é um grave problema na maioria dos paises subdesenvolvidos, comprometendo o exercício pleno da cidadania e o desenvolvimento sócio-econômico do país.


Lembro-me do dia em que Dudu, o cachorrinho da minha rima se perdeu e eu tive que andar pelas favelas ajudando a procurar... Estávamos distribuindo folhetinhos de busca, onde dizia como era o cachorro, o nome, etc... Fiquei impressionada com o número de pessoas que ao menos olhavam o bilhete por não saber ler, até que resolvi, antes de entregar o bilhete, perguntar se a pessoa era alfabetizada ou não. Lembro-me de uma senhora, quando cheguei pra ela e perguntei "a senhora sabe ler?", ela me olhou com carinho e com a mão nas minhas costas disse "Infelizmente não..."
Imagine o tanto de informações e oportunidades que uma pessoa perde por não saber ler nem escrever. A vida confinada que uma pessoa leva, fechada num mundo limitado, por não conseguir discernis as palavras de um simples bilhete.
Eu sou pequena e jovem, mas sei ler e escrever, e por isso eu tenho o mundo nas minhas mãos! E quem levou uma vida inteira e se considera velho demais para aprender?

Infelizmente estou sem tempo para fazer pesquisas e tudo mais, mas eu coloco aqui um pouco do meu pensamento a respeito. Daqui a 15 minutos estou saindo de casa, mas eu não poderia deixar vazio meu blog hoje, mas movimentá-lo nem que seja um pouquinho, por uma causa nobre.
Sei que não é tudo, poderia colocar a boca no trombone - E ainda o farei!

Viajem pela blogosfera, por aqui tem muito mais a respeito... Porque quem sabe ler e escrever têm consciência de quantos caminhos a alfabetização pode abrir.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Pra você ter algo de mim...


Genteeee... Recebi um selinho e um meme (de brinde)!
É tão bom ver que aquilo que te faz bem é uma ferramenta para abertura de novos mundos, não só pra mim, mas pra todas aqueles dispostos a ler, conhecer, pensar...
Meus posts não são lá a 8ª maravilha do mundo, mas são ditados pelo coração, e fico feliz em saber que tem gente que reconhece isso!
Bem, o selinho é uma graça e o meme super divertido, que adorei responder!
Aí vai:

Selo:


Meme:

1 - Por que resolveu criar um Blog?
Bem, a verdade é que já tive dois blogs antes deste. Um quando eu tinha 14 anos, e outro há um tempo atrás que eu dividia com uma amiga, mas acabamos ficando sem tempo pras postagens e acabamos deixando de molho. Resolvi voltar porque mesmo quando naõ tenho blog, escrevo sem parar! E os textos acabam ficando guardado no computador, largados, empoeirados... Resolvi por fim que se fosse para minhas palavras serem jogadas, optei por joga-las ao vento, e não num canto qualquer. Sendo jogadas ao vento, alguém pode sentir, e gostar... E pode ser útil em algum momento. Jogadas num canto, seriam condenadas ao esquecimento...

2 - O que te dá mais prazer em blogar?
Saber que meus textos são de alguma forma apreciados.

3 - Indique um blog bom e um blog que você não gosta e porque?
Ah, só um? Gosto muito de visitar O Diário de Iza... Ela está sempre atualizando e sempre que posso dou uma passadinha para saber quais as boas novas! Não tenho nenhum mau blog pra indicar porque geralmente quando não gosto do blog, eu não visito mais, e me esqueço que ele existe...

4 - Qual seu tipo de música e quais suas bandas favoritas?
Meu tipo de música? Eu gosto de música! Não sei dizer que tipo gosto, mas tenho certeza do tipo que não gosto, que são aquelas pesadas. Gosto de músicas que me deixem a vontade. Mas não dispenso uma MPB!

5 - Qual assunto você mais gosta de postar?
Sinceramente ainda não parei pra pensar num "assunto" em si... Geralmente eu posto o que sinto. Sentimentos? rs...

6 - Seaquinevasseceusavaesqui?
Olha, se aqui nevasse eu certamente me mudaria pra um lugar bem longe, odeio o frio. Mas, se eu não tivesse opção, eu acho que encararia uma aventura de esqui. Por que não?

7 - Você é: casado, solteiro, separado, enrolado, disquitado, chutado, viúvo ou outros?
Solteira sim... Sozinha nunca!

8 - Por que você deu este nome ao seu blog?
O nome veio assim, de relance! Eu adoro tocar violão... Adoro levar o violão em algum lugar e começar a tocar, com amigos, isso atrai, reúne pessoas, o ambiente fica legal... Eu queria algo que lembrasse o clima de música, então coloquei este nome, que na verdade é uma passagem da música "Eu vou tentar" de Ira!


9 - Qual foi o último blog que você visitou?
Foi o Dialogando, do Paulo... Adoro aqueles poemas.

É isso!
E pra não perder o costume, eu repasso o selo c/ o Meme pra 2 blogzinhos:
~ Versão vida, do Vitor.
e
~ A Imperatriz, da Tinne!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Construindo um novo mundo


Imaginei se meu coração fosse o mundo
Imaginei então meu coração quando nasci, tão puro, recém formado...
Doce, inocente, perfeito...
Imaginei a primeira pessoa a habitá-lo
O primeiro amor da minha vida
Aquele o qual eu juraria proteção eterna, a quem tudo eu daria, por tudo eu o faria feliz!
E tudo eu faria pensando nele. E se algo lhe faltasse, de alguma forma eu criaria para que lhe completasse...
Imaginei para este primeiro habitante um lindo jardim.
E com todas as flores eu o enfeitaria...
E de todos os dons, o maior de todos ele teria: a fé!
E eu falaria com ele, caso ele se sentisse só e confuso...
Imaginei este meu único habitante se multiplicando em dois.
Ele e mais uma, que se encaixasse em corpo e alma.
Dois habitantes perfeitos, recém nascidos, assim como meu jovem coração...
Imaginei se um desses tivessem me traído.
De tanto amor, infiel,
De tanta devoção, infiel...
E meu coração, pequeno e inexperiente, machucando-se pela primeira vez
E tamanha dor, que fez-me chorar, um chôro de uma tempestade que não cessa...
E o tempo passando, mas minha esperança ainda presente.
Imaginei meu coração um mundo de 1000 anos, 2000 anos, 3000, 4000, 5000...
Imaginei meu coração, o mundo hoje!
Cansado, traído pela enésima vez
Machucado, ferido...
Imaginei aquele jardim destruido
E pensar que fiz tudo isso e dei de presente... Imaginar que eu poderia refazer tudo, refletindo que este meu coração já está perdido...
E pensar em todas as pessoas que nele vivem e viveram... E por viver nele, amei cada uma delas. E elas nem se lembrando que este mundo é na verdade meu coração.
E que por amá-las, deveriam ao menos me tratar bem!
Não contentes em trair-me, fizeram de mim qualquer coisa...
Mas felizmente não são todos que me esquecem.
Aqueles, descendentes do primeiro, estes têm consciência! estes se lembram de mim...
Conhecem o lugar onde vivem, e pensar que se esforçam para fazer meu coração respirar...
Então manteria-me com força
Por amor a estes que se lembram de mim...
Por amor, por verdadeiro amor, manteria este mundo em vida.
Faria em milagre novas nascentes...
E lutaria, sozinha se precisasse, para que em vida continuasse.
Mas eu não conseguiria...
Imaginei meu coração imenso, grande, quase derrotado, cansado... Lutando sozinho para manter-se vivo!
Não, eu não conseguiria...
Precisaria da ajuda daqueles que se lembram de mim...
E daqueles que tem consciência de que um dia este lugar foi um lindo jardim.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Aguando o bom do amor


Aconteceu, como acontece de tempos em tempos
Deitada, ouvindo as gotas da chuva que não cessam em cair, e a fumaça quente do café... Até isso.
Silêncio.
Me viro na cama, evitando a imagem do celular vazio, quieto.
E fecho os olhos...
Sentindo o perfume que me traz lembranças de milhares e milhares de segundos atrás..
Flores que eu recebia a cada porta que abria.
E sorria.
Flores de perfumes que me tomam num só gole
Me envolve, e envolve...
De segredos em segredos fui me guardado...
Me calando.
Por segredos me censurando.
Em segredos, me entregando...
E hoje, hoje...
Dias depois, hoje...
Não sou mais tomada pela vontade de gritar, quiçá me calar...
Transformando em força qualquer rastro de fraqueza
Vou me refazendo, limpando-me dos meus defeitos, longe de serem perfeitos
Engolindo sinais invisíveis
Recusando táticas infalíveis...
Sem me mover
Observando tudo acontecer
Sem ao menos me mover...
Fazendo acontecer
Sem me mover.

"A emoção acabou... A nossa música nunca mais tocou
Eu protegi o seu nome por amor, em um codinome beija-flor..."

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Numa folha qualquer...



...Uma criança pode ir a qualquer canto do mundo e alcançar lugares inimagináveis.
Um grande amigo meu, Tom, quando pequeno não tinha brinquedos, não tinha televisão... E passava suas tardes numa biblioteca lendo, lendo... Monteiro Lobato, então, nem se fala! Por conta disto, hoje ele é uma das pessoas que mais admiro. Tem em si uma luz maravilhosa...
Todas as crianças tem o direito de saber ler e escrever! Assim como tem o direito de crescer e aprender...
Nunca é tarde pra começar, sabemos que muitas pessoas, crianças, adultos e idosos, ainda não tem noção da escrita e leitura.
Quem puder, na blogosfera, copie o selo e ajude a divulgar!
Aproveito esse espaço e faço o que posso, na consciencia de que não é tudo, mas já é um começo!
E como eu já disse uma vez neste blog, e volto a dizer: Começar já é metade de toda ação!


Obrigado a todos que se comoveram no post anterior...
Obrigado pelas palavras...
E viva ao Paulo, que finalmente voltou! rs...

domingo, 6 de abril de 2008

Se você não pode ser forte, seja pelo menos humana...


Um final
Um recomeço
Um dia
Um adeus
...E lágrimas tão fortes que faziam ruídos imensos ao tocarem o chão.

Este post pode não ser o mais feliz do mundo, mas cada palavra escrita foi com certeza ditada pelo coração.
Hoje é o primeiro dia da minha vida sem uma pessoa que eu respeito e admiro muito...

Ancião, pai da esposa do meu pai.
Suas palavras já me trouxeram muito conforto e me tiraram muitas dúvidas, homem sábio.
Suas mãos tremulas pouco suportavam o peso da vida, que aos poucos já se despedia.
Estava de cama, inerte.
Incapaz, seus lábios esbranquiçados pelo tempo já não pronunciavam uma palavra sequer.
De seus olhos escapou uma lágrima pouco antes do adeus.

Sua filha, esposa do meu pai, observava tudo de perto, e não lhe restou mais nada além de abraçar o pai e desejar que nada daquilo estivesse acontecendo.
Sua outra filha, de longe, vivia sem saber, não porque não fora avisada, mas porque não queria ver.

Ele costumava me chamar de "mosquinha"
E eu não tive a oportunidade de lhe perguntar o porquê.
Ás crianças que faziam bagunça, brincando ele dizia "vem cá, senta aqui e lê jornal!"
(...)

Eu, ali de longe via a filha chorar ao lado do pai.
A outra filha também chorava. De maneira diferente, de modo diferente.
Ela não estivera presente. Nunca. E o seu coração, naquele momento...
Pesava, se culpava, talvez...
Seus olhos procuravam por algo, sem saber o quê...

Pai, uma palavra tão forte.
Um dia, de repente, sem aviso, temos que nos despedir.
A filha mais próxima chorou mais, mas carregava consigo o conforto de que sempre esteve ali ao lado, cuidando-lhe, dando-lhe apoio e amor de filha.
A outra talvez tenha chorado menos, mas sabe-se lá se em sua cabeça não lhe passava um filme, e o desejo de pedir perdão pela falta que lhe fez, falta esta que não poderia mais ser preenchida.

Não sei quais foram seus últimos pensamentos.
O que aquela lágrima muda quis dizer.
Não sei o que ele sentia no momento.
Foi silencioso, tal como o sono, aos poucos, mostrando seu poder.
Seu sofrimento acabou, mas pra quem ficou, restou a falta, a saudade...

Cabe a cada um que o conhecia, sentir o pesar da lembrança daquilo que o fez enquanto ele estava em vida.
E quem o considerou, que a saudade venha e seja gostosa
E quem o desprezou, que a culpa lhe carregue...

A vida é assim, como tem de ser.
E, no final, agente sempre colhe o que planta.
Por bem... Ou por mal.

. L U T O .