tag:blogger.com,1999:blog-54693337774486398682024-03-21T19:57:16.235-07:00Acorde em Mi maiorMillahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.comBlogger114125tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-52106603184854389492011-01-06T09:33:00.001-08:002011-01-06T09:33:40.629-08:00Fui pra lá<a href="http://www.mundoemfragmentos.blogspot.com/">www.mundoemfragmentos.blogspot.com</a>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-1494580203596150992010-09-07T10:11:00.000-07:002010-09-07T11:06:28.252-07:00Eu vou descendo por todas as ruas...<div style="text-align: left;">Apesar de não controlar o solo onde ando</div><div>Tenho o controle da minha mente e coração</div><div>E o solo vai se rasgando</div><div>Mas vou seguindo no caminho cheio dos pedaços caidos das casas</div><div>E deixando o resto do que sobrou pra trás</div><div>E passa tudo, correndo por todos os minutos do tempo</div><div>Que, preciosos, vão levando a minha vida</div><div>Vou pra cama com todos os sentimentos</div><div>Uma imensidão que não cabe no travesseiro</div><div>E troco olhares com todos os impulsos para partir</div><div>Mas da minha jornada sei eu</div><div>E da fonte de todos os motivos eu sobrevivo</div><div>E rio, rio, rio despojadamente dos meus próprios medos</div><div>Rio só por sentir</div><div>Pela plena liberdade de espírito</div><div>E, sendo sincera, contradigo-me o tempo todo</div><div>Mil perdões</div><div>Eu sinto tudo e de todas as maneiras</div><div>Os medos que me rodeiam</div><div>Transformam-se num piscar de olhos em brasa quente</div><div>E, só de sacanagem, passo descalça</div><div>E logo ali na frente, coloco os ladrilhos no lugar do carvão</div><div>E vou me despedindo...</div><div>E vou me despedindo...</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkBwlKIIj8yIJT3c9ff8YoxxaXGS-oWsG7AeBJ5guQ_w1sPrAznGBrq77cyGhVsTnae8c1xUmuT3Napw4T7xX8Z1W7NmpzkYc0evsmHbc2X0LhswuzO5q8IXpT5xh3q3nZmXMm2fk6klrR/s200/Far+From+Home.jpg" /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><i>(05/09/2010)</i></span></div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-37272144311895257472010-07-18T19:06:00.000-07:002010-07-18T20:02:08.102-07:00Perto de você<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkVi-H3Zkd4PS__vrz9iykN255ialgFb_HJk98D5AuG5Vv3o9HB84gFGcjfCkg8RQ5C8PeEAlVNooheM3Wm6h5IRc0XcCsqpHbLbKeL2DVaZnnb52maGWquEfVc1SS2Kb5u0xuCFsbYjiy/s1600/paixao2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 152px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkVi-H3Zkd4PS__vrz9iykN255ialgFb_HJk98D5AuG5Vv3o9HB84gFGcjfCkg8RQ5C8PeEAlVNooheM3Wm6h5IRc0XcCsqpHbLbKeL2DVaZnnb52maGWquEfVc1SS2Kb5u0xuCFsbYjiy/s200/paixao2.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5495446663169902146" /></a><div style="text-align: left;">E quem mandou me olhar assim?</div><div>Essa sua cara de quem desafia mesmo sem querer confrontar</div><div>Pensa que pode fazer o que quizer de mim?</div><div>Só porque me sinto tonta na palma das suas mãos?</div><div>Eu corro pra não ser quem eu fugi de ser a vida toda</div><div>E sinto toda delicia do veneno da serpente a escorrer no meu pescoço</div><div>Mas quem mandou me dominar assim?</div><div>Começou na brincadeira e foi arrepiando as minhas pernas, meu peito e pescoço</div><div>Atirando na minha cara a vontade tórpida de ser mordida pelos dentes seus...</div><div>Eu que não tinha medo nem da vida nem da morte</div><div>Eu dava risada dos seus objetivos enquanto eu não tinha rumo algum</div><div>E hoje digo que pode ser amor, paixão, o escambau que seja</div><div>Eu me perco nas verdades inventadas e nas expressões desmedidas de desejos e vontades</div><div>Seu caminho escorrendo pelo vão dos seus dedos e eu fazendo hora</div><div>Decoro o timbre da sua voz pra poder entender quando e como fazer</div><div>E a frequencia do seu pensamento a combinar com o meu</div><div>Traduzo seu jeito de falar pra saber das suas pretenções</div><div>Mas exijo, pro bem ou pro mal, que você me diga com toda sinceridade</div><div>Eu gosto é da verdade</div><div>E pra falar em verdade...</div><div>O que eu quero é deixar no teu sangue um pouco do meu</div><div>E ser metade de tudo que anda à flor da sua pele</div><div>Porque seus passos te levam pra longe dia sim dia não</div><div>E não tão distante já não poderei confundir nossos perfumes</div><div>Ou apertar meus dedos na sua nuca e depois de nos estranharmos, nos divertirmos, nos explorarmos e nos amarmos numa só noite</div><div>Adormecer no seu abraço o meu cansaço</div><div>E acordar pra um passo a menos na nossa trilha</div><div>E para cada distancia sua a certeza de que eu vim querendo ficar</div><div>E estar cada vez mais perto do mais perto que eu possa chegar</div><div>Eu vou passar.</div><div>Como água quente que desliza sobre o corpo</div><div>Como que vem para acalmar</div><div>Eu vou passar.</div><div><br /></div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-87081425731624965562010-07-18T08:29:00.000-07:002010-07-18T08:36:37.567-07:00<div align="center"><span style="font-size:130%;">Tô</span> </div><div align="center"><span style="font-size:85%;">de</span> </div><div align="center"><span style="font-size:180%;">SACO</span> </div><div align="center"><span style="font-size:130%;">Cheio!</span> </div><div align="center"><br /> </div><div align="center">Pronto. Falei.</div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-89267282095617901692010-07-17T14:44:00.000-07:002010-07-18T08:37:24.241-07:00Como os nossos pais...<div style="TEXT-ALIGN: left">Estive mechendo nas minhas coisas e encontrei um texto que escrevi há uns 3 anos... As coisas não mudaram muito de lá pra cá, então resolvi passar pro computador e deixar registrado no meu blog por ter feito tanto parte de mim. E principalmente por acreditar que eu não devo ter sido a única a pensar assim um dia.</div><br /><br /><br /><br />"Ao meu pai e minha mãe:<br /><br /><br />Há muito, o relicário que eu fui se fechou. Os esforço em mantê-lo puído era dado pelo seu amor.<br />O amor fora demais, um para com o outro. E tudo o que restou fui eu. A ponte entre o passado e futuro. O feixo. A fechadura trancada.<br />Recebida entre lágrimas de emoção, deixada en<span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">tre pedidos de perdão. Ninguém teve culpa de nada, e eu quebrando meus laços.</span></span><br />Olhei-me, pobre (de mim).<br />Aos dezesseis saí de baixo das asas da minha mãe e, muito antes, dos braços do meu pai.<br />Meus pais, a sua união instável refletiu-se na instabilidade da filha que num instante passado fechou os olhos e chorou... Era demais.<br />Crer em si era demais. A liberdade era demais. O mundo era grande demais e eu, um grão de arroz movimentado pelo ritmo dos ventos, indo de lá<span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"> pra cá.</span></span><br />Hoje me defendo.<br />A boca que gritava na tentativa de uma barreira de proteção, hoje se cala. A minha luta me basta, a de vocês é outra e não cabe no meu caminho. Peguem um atalho.<br />Esse é o meu caminho e meu lar imaginário.<br />Não tenho um quarto pra chamar de meu, nem uma cama que seja minha. Mas eu tenho uma vida, e esta vocês me deram com o concentimento de Deus. No resto, aos poucos eu me acerto.<br />Ainda domada pelas circunstancias, presa à liberdade que senti pra mim. Há, ainda, as correntes e as caras feias. E na cama empresta<span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">da eu choro m<span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">eus medos e por vezes solidão.</span></span></span></span><br />No fundo, a necessidade de um carinho, um abraço, e a vontade de voltar à infância protegida por camadas de sonhos e sorrisos.<br />E há também, no raiar dos meus dias, as forças que reúne nos sonos bem ou mal dormidos, o peito estufado e a prova de que eu sobrevivi sem esfriar, sem julgar ou atacar com pedras contra janelas.<br />Meus olhos ainda brilham.<br />Acredito em mim.<br />Acredito também em vocês. Longe ou perto, ausentes ou presentes. Cada um me passando à sua maneira a força necessária para que eu poss<span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">a continuar.</span></span><br />Afinal sou herdeira dos seus traços, passos e g<span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">estos. Sou história. Sou concreta. Sou filha.</span></span><br /><br /><br />E vocês, pra sempre, meus pais<i>.</i>"<br /><br /><br /><div style="TEXT-ALIGN: center"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGf0QA_EfUWxXyO3dNMcwaA72BmCUREfLU-54dRy4UNwa1MV37kH9QEuUfBYOcNR1cCdE2n_aqvRvB_IS0gSAr87SCagiPfaEg_7Ran_4ERC0taL2_1MiyVFGcBsW00LmnZndJunMBGYwM/s200/1328cowboy.jpg" /></div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-89556663822739348472010-07-11T11:43:00.000-07:002010-07-11T11:51:23.958-07:00Sereno é quem tem a paz...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_WpooMB1H9-ia9BioX60BH75GCQblkCOGj878ngMp9blPngVK8uyz9yidvw4DfwXCuSMOOnQGn8BX0Q0hAmCRAZUUnBh6TRWPUKsGfJ796TbYeGagrpPzI67CxRhBAh-rPk030QdPkyGT/s1600/438livro.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5492722646473779266" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_WpooMB1H9-ia9BioX60BH75GCQblkCOGj878ngMp9blPngVK8uyz9yidvw4DfwXCuSMOOnQGn8BX0Q0hAmCRAZUUnBh6TRWPUKsGfJ796TbYeGagrpPzI67CxRhBAh-rPk030QdPkyGT/s200/438livro.jpg" border="0" /></a><br />Para ser forte e suave, escrevo com mãos firmes a presença sutil dos meus segredos...<br />Mas é preciso apenas um pouco de segredo e de mistério para as coisas parecem maiores do que são.<br />Guardo tanto e tão profundamente meus pensamentos que desfarço entre reticências a confissão perigosa e vulgar.<br />Tenho o mundo nas mãos, tenho a resposta de todas as perguntas e as portas do meu caminho, todas abertas. No entanto, como estivesse embriagada, ando tropeçando de pedra em pedra, vendo as coisas de modo distorcido e ilusório. Dói-me a imaginação não sei como, mas é ela que dói.<br />É o resultado da preguiça de tanta futilidade, de tudo aquilo que o mundo entende como primordial e é, no fundo, tão secundário.<br />Gostaria de ter um manual de atitudes sensatas, de raciocínio lógico e tudo mais que as situações desse mundo pedem.<br />Ah, estou farta e cansada. Tenho 5 ou 50 anos, qualquer idade que a minha idade recusa.<br />Eu respondo às minhas próprias perguntas. Não que eu as saiba de cor. Eu não sei. Mas mantenho a calma e tranquilidade para me aplacar minha própria demência. E tento ser discreta para confiar ao menos em mim. E lógica para entender a minha própria confusão. Ser ao mesmo tempo o veneno e o antídoto. Ser por dentro a grande fúria de uma tempestade e a bonança do sol e, quem sabe, o arco-íris.<br />Eu me coloco em certa situação e encaro meus demônios a sós. Sem por nem tirar testemunhas.<br />O chamo para um café da tarde e a luta começa.<br />Uma estranha sensação de segurança continua tomando conta do meu corpo e a mim pouco importa quem vence ou quem perde.<br />Essa segurança sou eu me dando a mão, com a coragem necessária para encarar o que há de vir.<br />Ainda que sobre apenas a carcaça, o meu escudo é forte.<br />É o que me cala e me protege.<br />É o meu segredo que me guia e mantém a serenidade.<br />E me entregar por tão pouco, é colocar pouco preço no valor que eu tenho.<br /><div></div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-15033873968556597902010-04-04T18:17:00.000-07:002010-04-04T18:46:51.636-07:00Como uma luz ou um mantra<div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'Trebuchet MS';font-size:100%;color:#555555;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px; line-height: 16px;"><br /></span></span></div></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgRPAHdhMayO6r0byBfeUqD8eAwRU7-Xnvp8cGXY6JIsfOk08enUjT-aiNa-LL_9gJUr8BB-1kXiejpI88FYMWyo-ztuhHZnqa9wtojOxw8z_rVycoZwdSm1TvEABg8ufQigNmAHvfFDF-/s1600/3094liberdade.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgRPAHdhMayO6r0byBfeUqD8eAwRU7-Xnvp8cGXY6JIsfOk08enUjT-aiNa-LL_9gJUr8BB-1kXiejpI88FYMWyo-ztuhHZnqa9wtojOxw8z_rVycoZwdSm1TvEABg8ufQigNmAHvfFDF-/s320/3094liberdade.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5456462805077575106" /></a><div><br /></div><div>Beirando meus 21 anos, a minha visão do mundo mudou...</div><div>Aos 14 eu sabia que o mundo era belo e infinito, que o homem era cheio de mistérios e que o segredo de tudo estava exatamente onde ninguém conseguia ver. E todo mundo, cego, sofria. E eu sem querer descobria aos poucos os caminhos que eu seguia.</div><div>Era tudo fantasia. Meu primeiro amor eu comparava a um tesouro pelo qual eu haveria de lutar, usando como arma o tempo, e da paciência eu fazia meu escudo. Três anos depois eu o alcancei.<br /><div>Lembro-me na minha precoce emancipação, aos 16, dona de mim...</div><div>Aos 17 eu colocava então em prática tudo o que eu havia aprendido sobre o universo que havia em mim e em cada pessoa que eu encontrava pelo meu caminho. Eu abria seus caminhos e, abrindo-los, eu enchergava o meu próprio. E era tanta coisa, e eram tantas as visões que não me cabia na cabeça o porquê de ninguém no mundo entender a recompensa que viria em cada batida de porta que sofriam, e que haveria sempre uma razão para a lágrima caida e a dor absorvida.</div><div>Hoje, com quase 21 anos, a minha visão do mundo ampliou.</div><div>Não vejo e nem me indigno mais com os caminhos dourados de quem chora sem razão. Não presto atenção no homem de terno e gravata tentando se suicidar, nem na menina bonita e bem arrumada a chorar nos degrais da escada.</div><div>Hoje, beirando os 21, brilham aos meus olhos o mendigo na rua quase sem roupa e descalço que, com um pedaço de pão na mão, sorri aos que andam pela calçada e lhe deseja bom dia, um a um.</div><div>Hoje encontro graça no pai que não deixa suas crianças darem a primeira mordida do único pedaço de frango no prato antes de agradecerem à Deus a sua comida.</div><div>E no menino com um cavaco na mão, dentro de um ônibus apertado, tocando um samba de 68, contando sua história e a vontade e paciência de lutar pela música.</div><div>E no idoso de 78 anos que, abandonado pela família, trancado num asilo, conta sua feliz história de sucesso ao conseguir um lugar na sua moradia de aluguel para o seu mais novo e fiel amigo de 4 patas.</div><div><br /></div><div>Hoje, a 2 meses dos meus 21 anos, eu sinto a diferença de algo que muda com o meu olhar, que levo como uma luz... ou um mantra:</div><div><br /></div><div>Antes eu aprendia com o sofrimento de quem tinha tudo </div><div>Hoje, eu aprendo com o sorriso de quem não tem nada.</div></div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-40457109367612695552010-03-06T14:05:00.000-08:002010-03-06T14:17:33.652-08:00Por onde andei...<div>Fiquei tanto tempo sem escrever que agora esse texto me sairá como um grito!</div><div>Tanto tempo sem falar, apenas observando... Muito tempo pensando e sentindo em mim o que é unica e exclusivamente meu.</div><div>Me tornei egoísta. Me tornei o que é meu. Minhas filosofias passaram, tornaram-se segredos e qualquer pensamento ou sentimento foram traduzios em gestos ou conversas a dois.</div><div>Tantas coisas eu vi, ouvi e senti e em troca disso eu me calei. Coisas das quais não valem a pena saliva ou minutos de reflexão, coisas que mal merecem ser engolidas tampouco cuspidas pra fora. Coisas que pra muitos seria inadmissível, pra mim, é irrelevante.</div><div><br /></div><div>Comecei aqui como uma criança, com 17 ou 18 anos e já dedilhava minhas maiores alegrias e tempestades, tentando passar um pouco do que para mim eram palavrinhas agradaveis, pra tantos, uma certa luz.</div><div>Mal imaginava eu que um tempo depois eu seria chamada pra fazer roteiros de teatro e que fragmentos dos meus textos seriam citados por aí como fossem ditados populares ou idéias de 300 pessoas ou mais, com um "por: Milla" assinado embaixo.</div><div>Fui meu próprio refúgio. Fui meu desabafo e meu conselho.</div><div>Na simplicidade de umas palavras eu atingia a parte menos acessivel de mim mesma e, brincando de entrelinhas, contava segredos sem contá-los.</div><div><br /></div><div>No entanto, no meu egoísmo de me guardar pra mim mesma, descobri que posso fazer de mim o que eu quero.</div><div>Entendi que o mel desperdiçado é parte de mim a bel prazer pra quem não dá importância.</div><div>E parte de mim é raro demais pra ser jogado entre rabiscos de um papel amassado.</div><div>Parte de mim é mesa de bar, tequila. Parte é risada aberta, Milena, Natália, Yalis, Aieska e Engenheiros.</div><div>Parte é fisioterapeuta e outra arquiteta... É filme abraçadinho, cobertor e pipoca... Parte de mim é Thefa e saudades.</div><div>São partes que eu amo e que não desperdiço num momento ou outro de distração.</div><div><br /></div><div>Desculpem a ausencia, mas se houver alguma coisa em mim que não seja minha, dessa é mais fácil falar.</div><div>Pois não há em mim segredo sequer, além de mim mesma.</div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><i><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;">"Te deixo de herança o som do velho violão</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span class="Apple-style-span" style="color:#663300;">Acorde em mi maior...</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;">Pra você ter algo de mim</span></i><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;">"</span></div><div><br /></div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-56994248756288282522009-12-07T17:33:00.000-08:002009-12-08T05:41:35.636-08:00Além do que se vê...<div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Você acha que me conhece?</div><div><div>Por quê?</div><div>Pelo que eu escrevo aqui...?</div><div>Pelo que você vê por aí?</div><div>Seria um mar de segredos inacabáveis, embora eu seja feita de uma água extremamente limpa e clara. </div><div><br /></div><div><div>Tenho pensado e cobrado do espelho uma resposta que deveria vir dos ventos desse mundo.</div><div>Dos mesmos ventos que levam os meus passos a olhares tortos.</div></div><div><br /></div><div>E tais olhares tem me batido de frente, me estampando cem paredes para que não haja motivos de comemoração no meio do meu caminho.</div><div>Isso me enoja.</div><div>Quem há de dizer que assim não se vive?</div><div>E quem haveria de cortar o próprio cordão umbilical e dizer que não foi pra isso que nasceu?</div><div>E dizem por aí que as pedras que me tacam são pra evitar que me aconteça coisa pior.</div><div>E dizer num olhar quase que estrupando as meninas virgens dos meus olhos que, horrorizados ao cair da minha máscara, hão de me mudar.</div><div><br /></div><div style="text-align: center;">Tenho vencido e recebido meu cajado de ouro, no topo pra onde eu me mudei.</div><div style="text-align: center;"><i>O topo mais alto do mundo.<span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "></span></i></div><div style="text-align: center;"><i><br /></i></div><div style="text-align: center;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUyhTVRw7-9Eb5ZXzK7DcHjctWu9JjUwhDL3sr_wCuYbF2SVrE0g-TQZssN39gAWecd4lq9cLpqL7toMQZIxhcw1bSzIFX5LyrGjpo7jt2PM4HLD4TaF3H4ned1eGIdOicS_RuE_hEtyXR/s320/10567sombra.jpg" /></span></i></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; ">Meu coração se abriu como um terceiro olho, observando as cores de todos os sorrisos.</span></span></span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><div style="text-align: left;">Tenho descoberto cachoeiras em meio a grandes arranha-céus.</div><div style="text-align: left;">E tenho mergulhado nas mais suaves ondas, invejadas por muitos...</div><div style="text-align: left;">Tenho quebrado as pérolas, daquelas que não se arranham nem com mil machadadas de uma bigorna.</div><div style="text-align: left;">Tenho lido as linhas das mãos. Das minhas. Das delas.</div><div style="text-align: left;">Tenho me equilibrado nas quinas das calçadas, e dado gargalhadas nos quase tombos, rindo de mim mesma.</div><div style="text-align: left;">Tenho dado ouvidos a grandes lamentações e tirado as duvidas dos corações.</div><div style="text-align: left;">Tenho vivido e tenho sido quem eu sempre fui.</div><div style="text-align: left;">Por isso, pra esses olhares turvos que vem pra atingir, deixo-lhes uma rosa branca a tampar a visão como fosse o meu olhar a lhes encarar.</div><div style="text-align: left;">A minha paz, esta que me segue ao lado, ninguém há de tirar.</div></span></i></div></div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-21286430292484854772009-11-19T17:19:00.000-08:002009-11-20T17:08:45.222-08:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLc7QXwSI28tjqjLM0u7Ub1bAOA9q1naZLxjKKm4qYFe3qFAffv82AucQ_GqwSbHJC7fUnsJlTeVu2jTVRGd2oIu5-V6YhOux-XzgxurKVztWdQruVYYgA2ydOOAwJFZFQjPrrYtlx8IPp/s1600/110409145538.jpg"><br /><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLc7QXwSI28tjqjLM0u7Ub1bAOA9q1naZLxjKKm4qYFe3qFAffv82AucQ_GqwSbHJC7fUnsJlTeVu2jTVRGd2oIu5-V6YhOux-XzgxurKVztWdQruVYYgA2ydOOAwJFZFQjPrrYtlx8IPp/s400/110409145538.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5405989451904721506" /></a><div style="text-align: right;"><br /></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="color:#C0C0C0;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Fragmentos</span></i></span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="color:#C0C0C0;"><i>(Há alguns anos...)</i></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color:#0000EE;"><span class="Apple-style-span" style="text-decoration: underline;"><br /></span></span></div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-3167845895657353242009-11-07T06:36:00.000-08:002009-11-09T17:53:12.159-08:00E assim nos tornamos brasileiros.<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Passei perto d</span><span class="Apple-style-span" style="font-family:Georgia;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:Arial;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">a ponte da saudade. Chamo ponte da saudade aquela em que a tia de um amigo escolheu para se despedir.</span></span></span></span></div><span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:Arial;font-size:10px;"><div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Num pulo ela se despediu. De olhos abertos ou fechados ela foi, e foi uma vez só. Não houve tempo de grito nem abafo. Nem um susto sequer.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Acordei em cólera. Acordei lembrando, e por ironia do destino - ou não - era o dia da minha prova prática de carro. Fui de carona com o meu pai.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Uma fila enorme de carros da auto-escola, e a ponte lá. Mas dessa vez, outra.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Havia, nesta ponte, uma vida. De repente duas. Três. Quatro, meu Deus!</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">As pessoas escolhem as pontes para quê? Para viver ou morrer? E por quê as pontes?</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Seria isso uma busca?</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Ora, usamos o termo "ponte" para muita coisa que no fundo significa esperança. A ligação de um lugar onde se está, para um lugar onde se quer ir.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Quando não falamos da forma mais banal, mencionamos Jesus como ponte entre nós, insignificantes mortais, e Deus.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Mas quando pensamos nisso, logo nos vem à mente atravessar a ponte. E aqueles que desistem no meio do caminho?</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Temos, por fim, três escolhas: você atravessa, você desiste, ou você arruma um lugar no cantinho pra descançar e perder a viagem.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">No mezanino desta ponte, roupas penduradas para secar. Havia geladeira, colchões. Havia vida. Havia vida?</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Era uma moça que andava de um lado para o outro, gritando qualquer coisa. Enquanto o rapaz penteava o cabelo sem se olhar no espelho,</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">bolava um cigarro de maconha e saía fumando em direção ao supermercado com um carrinho de mão, cheio de badulaques.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">E o povo assistindo.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Havia, sim, muita gente. Pessoas que evitavam olhar enquanto a mulher gritava. Ela gritava pro seu cachorro, descobri.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Mandava-o voltar pra "casa".</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Uma mulher, um homem e dois cachorros. Nenhuma parede.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">E a cena não me fazia o menor sentido, não me cabia na cabeça.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">"Pai, e quando chover? Pai, e no frio?" A sorte é não haver criança que perguntasse isso aos próprios moradores da ponte, numa forte chuva, encolhido num cobertor fino:</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">"Pai, estou com medo do trovão"</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Havia bem acima da cabeça daquela família, palavras pintadas e rabicadas, e dentre todas uma única palavra me fez, enfim, todo sentido: Luto.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Estavam enterrados debaixo de uma ponte, de modo quase invisivel e esquecido... Talvez mais invisível e esquecido do que a mulher que se jogou da ponte da saudade.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Amanheci, mais uma vez, de luto.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><br /></span></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMwdBnxjtpUoxHt0S_7HeLMa5sOl5Qkm80RCxImKU6Vc0jbX36Ui4RG-X5qclq6phiwWou_oq_aTzaCICp2i8NdLTAlYrxtouQ87qEVgbTNDF1keLLI2G8_HOd8wBGYCVC2bfYZxElOnVG/s200/luto.jpg" /></span></div></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:100%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><i><br /></i></span></span></div><div style="text-align: center;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">"Pela ordem - e alguma seriedade -</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Luto por um país lindo, </span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Mas sem vergonha de</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">rir - quando deveria chorar,</span></i></div><div style="text-align: center;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">relaxar - quando poderia lutar"</span></i></div></span>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-70542819468297601382009-10-31T17:07:00.000-07:002009-10-31T17:44:25.189-07:00Sábado de sol...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxGNHfdsiRCg-ZfBg7V9aSUGKvcD527REEpKg-BD9GYvH6IF2MGF_-9Ko08P7rrEA17iMIj5d-wi5xkDeQb9iYICRkzX421xWzo7Wwl2MxKyaGdY_SecvT59A0vgK1kv6mYxLslpvzDwIT/s1600-h/3100olhos.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxGNHfdsiRCg-ZfBg7V9aSUGKvcD527REEpKg-BD9GYvH6IF2MGF_-9Ko08P7rrEA17iMIj5d-wi5xkDeQb9iYICRkzX421xWzo7Wwl2MxKyaGdY_SecvT59A0vgK1kv6mYxLslpvzDwIT/s320/3100olhos.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5398922283133969218" /></a><br /><div>As portas se abriram devagar, quase que automaticamente, para que eu pudesse sair.</div><div>Um sorriso logo depois da porta de vidro me apresentava o caminho a percorrer. Fui correndo para o ponto de ônibus, ansiosa com sei-lá-o-quê. Eu queria era pensar.</div><div>Entrei no ônibus quase que em câmera lenta e percebi que algumas pessoas que estavam sentadas me olhavam nos olhos ao me ver entrar...</div><div>Já olhou nos olhos de alguém querendo lhe conhecer a alma? Parecia que todos me olhavam assim, e eu os olhava assim de volta.</div><div>Ando desnuda, respirando o meu próprio ar. Ando sem corpo...</div><div>É assim que se sente, quando sente-se livre?</div><div>Alguns sentimentos simplesmente não tem nome, palavras são pouco demais perto de certos significados.</div><div>As palavras alcançam muito, sim. Mas muito ainda não é tudo, e nem além disso. </div><div>Sentei-me, e fiquei ali por um tempo, ouvindo música, esperando os quilômetros passarem.</div><div>E de alguma forma, minha visão panorâmica parou por alguns segundos: uma senhora se levantou para descer no seu ponto e segurou-se no banco para não cair.</div><div>Sua mão, grande e larga, estampou-se a minha frente. Uma mão forte, de quem trabalhou uma vida inteira e, acostumada com isso, recusa-se a descançar em pleno 70 anos de idade.</div><div>Olhei mais acima para que pudesse enxergar-lhe a alma, como havia já feito com algumas pessoas daquele ônibus.</div><div>E eu a enxerguei. Ela toda era forte, e viva, e era triste. Olhei-a como se quisesse muito dizer-lhe alguma coisa. O quê? Que diminuisse a sua tristeza.</div><div>Ela, vendo que eu a olhava, me olhou de volta e sorriu, como se tivesse entendido o que eu queria lhe dizer. Entende?</div><div>Ando sim, desnuda. E todos, como a mim, para mim desnudos. </div><div>E como eu fiquei grata àquele sorriso, e como parecia ela grata à minha compaixão.</div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-57834626202810483082009-10-03T21:42:00.000-07:002009-10-03T22:03:44.601-07:00Ascenção<em>Escrevi um texto um tanto quanto surreal... De qualquer forma, espero que entendam, pois como diria Clarisse: "a palavra é a minha quarta dimensão"... </em><br /><em></em><br /><div align="justify">De repente, os olhos dela se abriram de modo que o céu além das estrelas poderia ser visto, como um túnel levando ao infinito.<br />Sentiu suas mãos retomando os movimentos e numa vibração única de energia alçou vôo... O vento lhe acariciava os poros da pele à proporção que seu corpo se elevava, indo na direção do inalcançável e da perfeição...<br />Pôde ver a sua própria casa a metros de altura... Viu seu bairro e os movimentos sutis dos que descansavam sob a sombra das árvores. E deixou que sua inconsciência a levasse para o melhor lugar que sua mente poderia imaginar.<br />Atravessou oceanos, passando rasante pela pele dos golfinhos que deixavam a profundidade do mar a brincar de serem livres como as aves... E pelo mesmo oceano, desviou dos mergulhos violentos dos pássaros que invadiam o mar em busca do seu alimento.<br />Passou por cima de grandes navios de carga e descarga, descarregando naquele mar rios de combustível... E caçando a bel prazer os mais belos e incríveis peixes que, ao fundo, faziam do mar um arco-íris.<br />Perfurou nuvens, as mais suaves e densas, quase sólidas... E percebeu que não eram feitas de algodão, mas pura energia, e uma mistura dos dois mais opostos elementos: ar e água. E viu que essa mistura de ar, água e energia, numa parte divertia crianças e sonhadores que deitavam na grama a adivinhar o que cada nuvem lhe parecia. N’outra vinham-lhes como salvação de uma tribo de caras-pálidas que colocavam seus joelhos a rezar toda noite em busca de alimento para seus filhos.<br />E acompanhou trajetórias de alguns aviões, uns grandes outros pequenos, observando olhos de admiração, sonhos, medos, enjôos, ânimos, choros, sorrisos, desânimos, vida e morte...<br />E seguiu a sua rota, procurando os mais elevados montes para que descansasse um pouco da sua tão ampla visão, cheia de 360 graus. Viu a exata divisão de noite e dia, e a sombra que a Terra projetava na lua... E desceu...<br />Desceu...<br />Desceu...<br />Em algum lugar desse mundo ela desceu, encostando primeiro a ponta dos pés, depois os calcanhares, no mais alto penhasco que seus olhos puderam encontrar.<br />A visão era maravilhosa... Era a própria respiração da Terra fazendo-se física. Árvores em variados tons... Cascatas, lacrimejando suas gotas por todos os lados... Flores transformando-se em cores... Raios de sol a chicotear os picos congelados dos montes...<br />Abriu os braços e agradeceu por ter tal oportunidade de apreciar tanta beleza num só lugar onde tanta gente acredita fielmente que não haja mais espaço pra se criar.<br /><br />Fechou os olhos e descobriu-se ainda em casa, na frente do espelho, com os olhos aparentemente abertos.<br /><br />Ela sorriu... Estava de volta, a desbravar o próprio mundo...</div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-85328617805252452432009-08-06T16:17:00.001-07:002010-10-21T11:51:46.103-07:00Das coisas que eu entendo....<div style="TEXT-ALIGN: center"><i>"Minha vida ta um furingo..."</i></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><br /></div>Pois é, é isso que tá a minha vida, seja lá o que isso for!<br />Por isso mesmo decidi que não vou falar sobre mim... é algo pessoal demais e não to querendo tocar no assunto, ainda ta muito complicado na minha cabeça, quem sabe um dia...<br />Mais vale uma frase roubada: <span style="FONT-STYLE: italic" class="Apple-style-span">"Eu sai pra comprar sonhos e voltei com a realidade..."</span><br /><i><br /></i><br /><div style="TEXT-ALIGN: center"><i><b>"Mas tudo o que acontece na vida tem um momento e um destino</b></i></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><i><b>Viver é uma arte, é um ofício</b></i></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><i><b>Só que é preciso cuidado</b></i></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><i><b>Prá perceber que olhar pra dentro é o maior desperdício</b></i></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><i><b>O amor pode estar do seu lado"</b></i></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><b><i><br /></i></b></div><div style="TEXT-ALIGN: right"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#c0c0c0;">Do Seu Lado - Jota Quest</span></span></i></div><i><div style="TEXT-ALIGN: left"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'Trebuchet MS';font-size:100%;"><span style="FONT-STYLE: normal; -webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2pxfont-size:12;" class="Apple-style-span" ><b><br /></b></span></span></div><div style="TEXT-ALIGN: left"><span style="FONT-STYLE: normal" class="Apple-style-span">Há um tempo cantei essa música sem pensar ao certo no que ela realmente queria dizer, mas pensando bem, não é que o cara tem razão? Exceto por um detalhe: p<span style="FONT-STYLE: italic" class="Apple-style-span"><span style="FONT-STYLE: normal" class="Apple-style-span">ode até ser que uma coisa ou outra aconteça tendo um momento e um destino, mas não tudo! Tudo pronto, tudo calculadamente certinho, tudo predefinido.... Acredito numa base, uma história talvez, um caminho traçado... Mas o modo como caminhamos, o tempo que permanecemos, e se escolhemos realmente esse caminho ou um outro atalho, já faz parte do nosso livre arbítrio</span>. <span style="FONT-STYLE: normal" class="Apple-style-span">Eu simplesmente não aceito a idéia de que quando algo dá certo ou errado foi apenas o destino, a vida é muito mais complexa para atribuirmos tudo ao mágico destino. É claro que muitas vezes acontecem coisas sem explicação que não tem como negar que uma força maior agiu, mas tudo da nossa vida... Isso eu me recuso a acreditar.</span></span></span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'Trebuchet MS';font-size:100%;"><span style="FONT-STYLE: normal; -webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2pxfont-size:12;" class="Apple-style-span" ><b><br /></b></span></span></div><div style="TEXT-ALIGN: left"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'Trebuchet MS';font-size:100%;"><span class="Apple-style-span"><b><span style="FONT-STYLE: normal; FONT-WEIGHT: normalfont-family:Georgia;" class="Apple-style-span" >No mais, viver é uma arte... Uma arte para malabaristas, para equilibristas, é pra quem tem coragem... Um trabalho que às vezes requer muito esforço e nenhuma férias... O verdadeiro ofício de ser livre e feliz...</span></b></span></span></div><div style="TEXT-ALIGN: left"><span style="FONT-STYLE: normal" class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="TEXT-ALIGN: left"><span style="FONT-STYLE: normal" class="Apple-style-span">E requer cuidado... Uma palavra dita, um ato impensado, qualquer bamboleada pra fora da linha pode resultar num tremendo tombo... </span></div><div style="TEXT-ALIGN: left"><span style="FONT-STYLE: normal" class="Apple-style-span">É preciso cair e levantar, deixar os malabares baterem em nossa cabeça e recomeçar, tentar incansavelmente, exaustivamente, tentar outra vez... Aprender... A vida é isso, é como um cuidado calculado, um risco que no final das contas sempre vale à pena... </span></div><div style="TEXT-ALIGN: left"><span style="FONT-STYLE: normal" class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="TEXT-ALIGN: left"><span style="FONT-STYLE: normal" class="Apple-style-span"><div style="TEXT-ALIGN: left">E você aprende que olhar apenas pro nosso umbigo não nos leva muito longe realmente, é preciso aprender a olhar para um todo, para um complexo, entender as necessidades alheias, mas tudo tem um limite, olhar sempre pela coletividade não dá!</div><div style="TEXT-ALIGN: left">Quantas vezes somos generosos, fazendo sempre em favor do outro, mas esquecemos a pessoa mais importante, nós mesmos, esquecemos nossas próprias vontades, esquecemos que temos que ser um pouco egoístas de vez em quando...</div><div style="TEXT-ALIGN: left">Eu sei que não da pra ter o rei na barriga, mas muitas vezes nos anulamos em favor de algo que nem sempre sabe reconhecer nosso valor. </div><div style="TEXT-ALIGN: left">Tenhamos então o equilibro de não apenas olharmos apenas para dentro de nós, mas saber olhar o outro, sem esquecer que o ensinado foi <i>"amai ao próximo como a si mesmo"</i>, sem amar a si mais do que o outro, nem tampouco amar ao outro mais que a si mesmo...</div></span></div><div style="TEXT-ALIGN: left"><span style="FONT-STYLE: normal" class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="TEXT-ALIGN: right"><span style="FONT-STYLE: normal" class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#999999;">PS: Desculpem-me a ausência, não há qualquer explicação... </span></span></span></div><div style="TEXT-ALIGN: right"><span style="FONT-STYLE: normal" class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#999999;">Seria inútil explicar.</span></span></span></div><div style="TEXT-ALIGN: right"><span style="FONT-STYLE: normal" class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#999999;">Meus sentimentos estavam exatamente ali... </span></span></span></div><div style="TEXT-ALIGN: right"><span style="FONT-STYLE: normal" class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#999999;">No meu silêncio.</span></span></span></div><div style="TEXT-ALIGN: left"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'Trebuchet MS';font-size:100%;"><span style="FONT-STYLE: normal; -webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2pxfont-size:12;" class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-family:Georgia;font-size:130%;"><span style="-webkit-border-horizontal-spacing: 0px; -webkit-border-vertical-spacing: 0pxfont-size:16;" class="Apple-style-span" ><br /></span></span></span></span></div></i>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-33252455797186553392009-06-10T17:54:00.000-07:002009-06-10T18:44:01.390-07:00Fez parte do meu show....Ando com novos planos para o blog, mas me falta tempo. Estou na reta final de um semestre, por isso peço desculpas pela ausência. Mas encontrei um desabafo meu, uma gravação que fiz enquanto conversava com alguém e, ouvindo, percebi que sairia um texto legal, então resolvi digitar. É um pouco antiga, mas achei digno, já que estou tão sem tempo pra coisas novas:<br /><br />Ao telefone:<br /><br /><em>Eu sei, é complicado ter que escolher, e nessa escolha você perder.</em><br /><em>É complicado o muro rachar e a casa cair... Uma casa que se demora anos pra construir e mais anos pra habitar.</em><br /><em>É complicado andar a pé pelos caminhos sem saber onde vai dar.</em><br /><em>É complicado a incerteza. O incerto dói mais que um não. Um talvez. Nenhuma resposta concreta... Nenhuma resposta... Todas incertas. Todas em vão.</em><br /><em>Eu queria mesmo era falar do que vem acontecendo</em><br /><em>Eu queria mostrar o que venho vivendo</em><br /><em>O que tenho colocado dentro de mim</em><br /><em>E socado na cara do espelho</em><br /><em>Eu quero é mostrar, pegar na tua mão e dizer venha...</em><br /><em>Pra esse lado</em><br /><em>Olha o que você evita, olha que você tem medo</em><br /><em>Sinta o que você tem evitado sentir</em><br /><em>Eu quero te mostrar... </em><br /><em>(...silêncio...)</em><br /><em>Eu tenho procurado respostas.</em><br /><em>Tenho culpado a pessoas que talvez nem saibam dos espinhos</em><br /><em>Tenho procurado culpado num lugar onde são todos vítimas.</em><br /><em>Vítimas das próprias escolhas, e do que querem pra si.</em><br /><em>Vítimas do que chamamos de livre-arbítrio.</em><br /><em>E se o próprio livre-arbitrio nos prende... O que poderia, de fato, nos libertar?</em>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-46655470809657906912009-05-19T10:16:00.000-07:002009-05-19T10:21:03.990-07:00Eu nasci há 10 mil anos...Eu cansei de ser aquele bonequinho de fantoche nas mãos de uma vida cotidiana.<br />Eu sou o que chamam de fênix, sou um pedacinho de cinza se transformando em gente. A poeira que dança no espaço, um pontinho de luz que se ascende no breu.<br />Eu não tenho medo da morte, nem do cansaço da vida. Eu não temo a guerra, nem espadas afiadas de dois gumes. Não tenho medo de andar nua pelas brasas do inferno.<br />Eu tenho sede de mim e da minha própria energia que descende dos meus antepassados:<br />Dos índios, dos italianos que sofreram exílio. Dos animais que sobraram da arca de noé, das bruxas que morreram com seus gatos nas mãos. Das árvores derrubadas das fortalezas do Eldorado, das poeiras estelares e dos buracos-negro que sulgaram planetas inteiros, e dos cometas com seus rabos a ordenar signos, sortes e azar.<br />Eu sou um pedaço do mundo que um dia foi um lar e hoje se transforma em caus.<br />Descendente do braço da cruz que levou Jesus e de um dos espinhos que perfurou sua cabeça. Eu senti Seu sangue escorrer. Descendo de Pedro, Maomé, Moisés, Jó e seus pedaços de carne crua pelo chão. Descendente dos homens das cavernas que saiam correndo a caçar dragões para poder se alimentar.<br />Cansei de me fingir de vítima, de humilde camponesa, presidiária de um corpo que não sabe voar. Desde pequena tive esse receio: o de me sujeitar a normalidade de um ciclo vicioso, da rotina e das responsabilidades. Procurava no topo das árvores o vento que eu não sentia ao ter os pés no chão. Procurava no fundo dos mares a suavidade que não encontravanas areias que afundavam meus pés.<br />Estou sujeita a todos os tipos de dores e de contratempos, sei que o que me ronda eu não posso controlar. Mas tenho direito as minhas escolhas, tenho direito a escolher pelo que eu choro e pelo que eu acredito ser feliz.<br />Eu sou diferente do que se está acostumado a ver. Não nego o fel do cálice que transborda em cada mão. Não me frustro com algo que dá errado porque eu não sossego até que eu deixe do meu jeito. Eu sigo. Eu vou. Eu faço... E se eu cançar, me perco dentro de mim até encontrar meu próprio bixo-papão e enfrentá-lo como venho enfrentando todas as outras coisas que se colocam contra mim.<br />Eu sou a imperfeição e o consolo da mesma.<br />Não tenho medo do erro. E se me perguntarem o que eu temo, é fácil responder: tenho medo é de ter medo!<br />De tanta coisa que já passou por esse chão, do sangue derramado pelas mãos de Hitler e pelos soldados de Bush. Das magias negras, dos corações partidos, de senhorias transando com animais e distribuindo suas doenças pelo povo humilde e pelo meu Brasil antes virgem e intocado, hoje povoado e caído, sofrendo venda de terras pra um exterior que mal se preocupa em manter a Terra a salvo.<br />Eu, que não cometo crimes ediondos, dou minha cara a tapa e cuspo mel nos meus pés.<br />Eu, que por ser diferente sou julgada de todas as formas, observando as achuras de uma terra já seca de tanto chorar.<br />Respondam-me, vocês, uma coisa: Eu, que não lhes devo uma moeda, deveria me preocupar em lhes agradar?<br />O céu é limite, e é pra lá que eu vou.<br />Tenho nas minhas veias a força de uma história que não começa em 1989, mas há milhões de anos atrás. Sou Filha de Gaia e de Deus.<br />Eu vejo pelos olhares não apenas menina muda dos olhos, mas homens e mulheres gritando e implorando por ajuda.<br />Não digo que gosto de sofrer. E quem gosta?<br />Mas uma coisa eu lhes digo, meus amigos, toda dor junta é muito pequena perto da certeza de se sentir a própria vida navegando dentro de si.Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-19932987272679035352009-05-07T19:01:00.000-07:002009-05-08T13:54:26.138-07:00PandoraFui convidada a participar de um novo projeto de blog. E o mais lindo da história é que fui chamada por uma pessoa que admiro muito nessa blogosfera, seus textos são perfeitos! A Lívia, do <a href="http://queiroz19.blogspot.com/">Assunto de Meninas</a> me abordou numa certa noite e eu duvidei da idéia, mas como uma louca geminiana, no dia seguinte eu já estava criando a imagem do layout, empolgadíssima! <div>Ultimamente tenho andado um pouco sem tempo, afinal administrar trabalho e faculdade não é lá a coisa mais fácil do mundo, mas damos o nosso jeito, sempre. Afinal tudo que eu quis na minha vida eu consegui, então dominar um pouco o sono não é a luta mais árdua, os meus olhos ardem.</div><div><br /></div><div>Enfim, sem mais rodeios, convido a todos a dar uma passadinha lá pra entender um pouco do que eu digo:</div><div><br /></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><a href="http://www.caixadepandora-09.blogspot.com/">Caixa de Pandora</a></div><div><br /></div><div><span class="Apple-style-span" style="color:#999999;">PS: Não, não estou abandonando esse blog, vou continuar aqui, mas darei um pouco o ar da minha graça por lá também.</span></div><div><br /></div><div></div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-24319127540816100682009-05-02T15:59:00.000-07:002009-05-02T22:23:37.708-07:00Uma carta pra vocês! (essa não é mais uma carta de amor)<div><div><div><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3iyw2QQBS2nOv2ls3rJLT3jTkdbLWkzLeo8La2glFKv_x8d9_WQat9Oese4v1VdI9oQHkPvXd3NMQkZsGBQ_tYms36mUbzT0ANjpt7ivELWkX02fLXMlLQTHpMM0fRQp16Bgq13TKoZ62/s1600-h/8834porta.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5331368443320419186" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 290px; CURSOR: hand; HEIGHT: 206px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3iyw2QQBS2nOv2ls3rJLT3jTkdbLWkzLeo8La2glFKv_x8d9_WQat9Oese4v1VdI9oQHkPvXd3NMQkZsGBQ_tYms36mUbzT0ANjpt7ivELWkX02fLXMlLQTHpMM0fRQp16Bgq13TKoZ62/s320/8834porta.jpg" border="0" /></a> </div><div> </div><div>É, meus amigos, ás vezes as coisas simplesmente não acontecem do modo como esperamos ou desejamos. Dizem que querer é poder, mas a verdade absoluta não é bem essa, porque o querer vem da gente e o poder, este vem de Deus.<br />Estive um tempo sem internet e computador em casa, mas agora as coisas parecem que voltaram a funcionar como deveriam, mas neste tempo não deixei de escrever e colocar no papel um pouco deste meu mundo de certo modo tão surreal e gritante.<br />Isso, gritante. Gritante como gritam meus olhos sobre o que acontece dentro de mim.<br />Mas desta vez escrevo, leitores, afim de uma conversa de humano para humano, e quem tiver sensibilidade, entenda as minhas linhas:</div><div><br /><div style="text-align: left;">Oxalá liberdade fosse um presente obrigatório para cada um!</div>Ora, andei observando por aí as pessoas andando pelos corredores da faculdade e pelos becos solitários. Vi nos olhares um mundo de possibilidades e uma escravidão de necessidades, de afazeres e responsabilidades. A razão pesa no lado esquerdo do cérebro e as pessoas andam tortas, pendendo, quase caindo pro lado. Acontece que se pensarmos apenas naquilo que parece possível ou racional, esquecemos de tudo o que realmente queremos e o que resta são compromissos. E daí as pessoas se esquecem do gosto do dia-a-dia para viver em função de algo que ainda virá.<br />Não sou certa, nem exata, sou errante, uma vaga-bunda sem casa. Mas eu me conheço, passei por um processo de autoconhecimento que me rendeu muita força ao longo dos anos que já vivi e que ainda hei de viver! Eu me permito. Eu vivo a minha essência e o mundo para mim não é segredo. É curioso. É engenhoso. O mundo, assim como eu, vive sua essência, e ao contrário de mim, ele sim é exato e certo como deve ser. Eu nasci do pó, o mundo também. Logo, faço parte desta terra que nomeamos Gaia.<br />Assim como somos todos descendentes de um único ser, somos também filhos de Gaia. O mundo gira em torno de si mesmo e nós, querendo ou não, também somos assim, sempre motivados pelos nossos próprios desejos, buscando sempre o próprio prazer. E deste egoísmo surge a escravidão. Se algo dá errado por conta dos contratempos da vida, as pessoas culpam as voltas do mundo, mas isso é tolice: <i>o mundo não nos deve nada</i>. Ele chegou primeiro, depois os animais e por fim, humanos foram os últimos a povoá-lo. E para entender um lugar no mundo, é essencial que entendamos a nós mesmos.</div><div><br /><i>Aconteceu recentemente, numa rua escura e pouco movimentada a espera de um ônibus, um pouco mais adiante, um homem espancava um mendigo enquanto eu era roubada por uma mulher que me dava duas opções: 10 reais ou um tiro na cabeça. Ela queria 10 reais, sabe-se lá para fazer o quê, ou a minha vida. Eu dei risada e enquanto tirava meu dinheiro do bolso, ela vendia a própria alma. Eu perdi 5 reais e a passagem do ônibus. Ela perdeu a si mesma, pela necessidade que tinha de comprar o que lhe custava exatamente 10 reais. Ela, ironizando, pediu pra eu chamar a polícia. E eu, na resposta de sua ironia, respondi que ficasse tranqüila e fosse com Deus. Eu não sei por qual caminho aquela mulher tomou seu rumo, mas seja onde for, ela mal sentia a sola dos seus pés. Enquanto o cara que batia no mendigo provavelmente não sentia mais que sua mão calejando.<br />Passado alguns minutos, apareceram dois caras, estendendo a mão ao mendigo ajudando-o a levantar. Três minutos depois passou meu ônibus, entrei e a cobradora, ao saber do assalto, não cobrou a minha passagem.<br />Tenho dó da mulher que me roubou. Tenho dó do cara que bateu no mendigo. Não me fez falta aquele dinheiro, e o mendigo recebeu um aperto de mão... E vai saber quando fora a ultima vez que ele teria recebido um aperto de mão de alguém.</i></div><div><i><br /></i>Esses foram exemplos fortes de egoísmo e escravidão, e infelizmente é fato diário, acontece todos os dias.<br />As pessoas não sabem viver quem são, e vivem quem querem ser. E quem não consegue desfarça sua frustração numa carreira de cocaína ou numa garrafa de cachaça barata. <i>A vida sempre exige mais</i>. Se você for bom, a vida vai querer que você seja melhor. E é por isso que temos que ser quem somos, nem melhor nem pior, nem mais nem menos.<br />O mundo é cheio de possibilidades, cheio de lugares maravilhosos e de becos horrorosos. Se somos feitos de pó, se somos de origem de Gaia, também somos assim. Temos nossos lugares, nossos mistérios, nossas maravilhas, nossos defeitos, temos nosso lado horrível e obscuro, mas temos todos a própria luz.<br />Isso é liberdade. É ser quem realmente se é. É ter suas caras, suas expressões, é sentir à flor da pele a sua própria alma tocar onde toca sua mão.<br />E nessa prisão de tentar agradar a si, as pessoas esquecem de se amar, esquecem de <i>se</i> ter pra ter <i>aquilo</i> que considera ser o seu prazer. </div><div>Todo mundo quer ser feliz. E a felicidade está dentro de cada um.<br />Esse é o segredo da liberdade.<br />Esse é o segredo de se conseguir o que se quer: procurar dentro de si.<br />Todo mundo sai correndo atrás da felicidade, mas aí vai um segredo que aprendi e guardo com todo coração: A felicidade é simplesmente o modo como caminhamos, não um destino.<br /><div><br /><div align="center"><span style="color:#999999;"><em>PS: Como lição de vida, nossa Terra, mesmo com tantos mals tratos e destruições, mantém-se viva, brilhante e imensa como sua essência é:</em></span></div><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5331368791983035618" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 245px; CURSOR: hand; HEIGHT: 176px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN2MdiDkyzV5pF9huhN_n4Rj9Ay71FQYo-_dT5IZJoShJbK5VTb2UxW10_6Vhol66yJFgKHssQJBd-_m9XYH_QHvCvkbX15c4exGSaRoIHA0By2zxaMbNaNlq7wLf8A20ief0qXH0_mS3s/s320/10566sol.jpg" border="0" /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5331369031145990738" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 237px; CURSOR: hand; HEIGHT: 206px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhchfUyQ_3-oy2sWcs7WVWNpTfY2QT_9Sos5s5eMACqw11Q-JOD8kq2MjN2b4CCBeiRG5v2_lxTDm4dPYCSyo_mKgr9z2yzVxTox8LKWOY2hNscigT1N7amrnYJP4OEX_WsMiUlyp03MZhH/s320/10898mar2.jpg" border="0" /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5331369542259618194" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 239px; CURSOR: hand; HEIGHT: 191px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-UzV8SrQkd6_Y6_3kc9ZJVN2agrZYTXWGaYc2-X6Yt5al4Uy0uWFVfaGyfKh0Wa85ltvfpzkJK0k6_gA8ZpRYdLCoylgem9O9EcR4SW7DLK0Qvnrjbd7PbQy2oiYZdexCA4VRdCeyDADO/s320/10895lago.jpg" border="0" /><br /><div></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5331370321842988626" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 234px; CURSOR: hand; HEIGHT: 191px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSsa9aEs5ebEtMYfI1hDm4WVUdCsoKsEuzw1tde3apwpMHcwMAZP_KqVrGtCY7J4k6lBAkIcN5jaPO5snuVvbyoHJ-DytSPtj_vH8lPZLOqZlM_soocZHisU4U6bL1jjng4eQlgp0algrO/s320/9680reflexo.jpg" border="0" /> <div> </div></div></div></div></div></div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-40733006440100895622009-04-12T12:56:00.000-07:002009-04-12T13:10:41.850-07:00O melhor presente Deus me deu...Ganhei de Deus três presentes maravilhosos, e com a ajuda deles venho desatrofiando meus nervos e me rendendo aos passos de cada dia:<br /><div></div><div> </div><div>Tenho comigo, todas as noites, um ser preguiçoso que dorme no meu colo e que me espera chegar em casa depois de um dia deveras cheio... Meu gatinho, que surgiu do nada e veio pra ficar... E ai de quem quizer tirar ele de mim!</div><div>Tenho pra mim, durante as horas do dia, um trabalho que é a minha cara, pelo qual eu sou apaixonada e que faço da melhor maneira possível!</div><div></div><div>E tenho, entre todas as coisas, os melhores amigos do mundo!!!</div><br /><div>Meu trabalho, meus amigos e meu anjinho dorminhoco... O que mais eu poderia querer?</div><div></div><br /><div align="center"><strong><span style="font-size:130%;">Hakuna Matata</span></strong><br /></div><div></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5323898672473089522" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 240px; CURSOR: hand; HEIGHT: 180px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeR18j_tEmMpvL2Bs5PFjJdTAdf0Na-JAoLvsYfw2HdteDAbWKSR_PKSK0Hra1isS3tzNIhf3PMIS61hPWXpHpqbPXGaUHtO3T_aXv7W7vVlFhQiWvkqNw3y5tEcz0d5hGGHsP-3Cegnfw/s320/timon.jpg" border="0" /><br /><p align="center"><em><span style="color:#999999;">O que tiver de ser, será...</span></em></p><p align="right"><em><span style="font-size:85%;color:#000000;">Mensagem de desfarçe</span></em></p>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-77790222056818675112009-03-31T20:46:00.000-07:002009-04-02T13:10:59.571-07:00Se eu não tenho o meu amor, eu tenho a minha dor...Tenho uma corrente amarrada ao meu corpo... Uma única corrente que laçada ao pescoço vai se desenrolando.<br />Pernas, mãos e língua...<br />E quem nunca se sentiu assim?<br />Impedida de prosseguir, de seguir, de chegar, se achegar, aconchegar...<br />'Inda' bem que é noite, mal podem ver meu desespero regado a sussurros.<br />A outra de mim está ali, do lado de fora, na contra-mão, fingindo sanidade.<br />Esta sou eu: Interna. Calada. Malfeita. Discreta. Hoje vencida, domada.<br />Uma tela na minha frente, mostrando um filme de um colorido tão intenso que me arde os olhos... E eu choro.<br />Reflexo dos lugares onde estive, dos carinhos que eu tive e dos sorrisos que eu dei.<br />Reflexos... Cruzo meus braços, defaço meus laços e choro...<br />Não sei qual rumo dali eu tomei, não sei.<br />A vida chega e dói, corta...<br />E foi na minha espontaneidade que fui pega.<br />Ora, mal sabia eu... Era proibido!<br />Era proibido ser feliz. Era proibido ficar ali.<br />Era proibido sentir dor ou amor... Era proibido.<br />Eu, fora da lei que sou, fui posta fora de todas as outras coisas<br />Fora das casas, fora das vidas e da lógica dos casais perfeitos.<br />Fora-da-lei.<br />Fora dos limites do certo e do errado.<br />Fora dos limites das noites mal dormidas.<br />Fora dos limites das dores escondidas...<br />Fora dos limites dos sorrisos estampados.<br />Fora dos limites das paixões.<br />Muito amor, extremo amor... Fora dos limites.<br /><br />EU senti todas as coisas... vejo no filme que me obrigam a olhar.<br />Vivi todas as coisas... Como se fossem tudo. E o eram, para mim o eram.<br />O que para outros era um cotidiano dos finais de semana... Para mim, cada gesto era todos os gestos desse mundo.<br />Vivi o que toda gente vive... Mas pra mim foi a válvula. A exceção. A perfeição.<br />O experimento de uma vida que eu poderia ter, e que não era minha por <i>não</i> poder...<br />Senti tudo de todas as maneiras, vivi tudo de todos os lados.<br />Cometi todos os crimes.<br />E me julguem como necessário, não vou mais reagir.<br />Eu choro, do tanto que sorri.<br />E chamem Tiersen, Marradi e Chopin a velar minhas lágrimas que secam na areia deste chão.<br />Daqui vai nascer quem há de crescer.<br />Pois da dor há transformação.<br />Transfiguração.<br />Festejam a minha dor e lançem sorte do lençol que sobrou.<br />Coloquem uma fita azulada no que sobrar e joguem ao mar...<br /><br />Do lado de fora, agora, vou para a cama com o souvenir dos sentimentos mais discretos, em cujo baixar de olhos há uma paisagem das colinas de um corpo há muito apreciado...<br />Deixo em cima da cômoda a intenção de um anel<br />E calo a minha boca, afogo-me na noite com o sono que, provavelmente, não há de vir.Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-58322963541956310442009-03-22T20:36:00.000-07:002009-03-22T21:17:12.744-07:00Nada vai me segurar!<div>Vou falar no vocabulário popular. </div><div>Cansei de fingir, das entrelinhas, de esconder numa frase as minhas quinquagésimas intenções.</div><div>Quero mesmo é que entendam a minha voz, e que eu supere os mil autofalantes da Adriana Calcanhotto.</div><div>Tem um monte de gente ao meu redor gritando histéricamente o que vêem em mim, enfiando seus dedos gordos nos meus olhos, ouvidos, até na minha garganta querem enfiar suas próprias falas.</div><div>E não pensem que seja revolta. Não! É sentimento! É vontade. É necessidade. Sou eu. E eu não sou o que se vê, mas o que se sente. Não sou sequer o caminho que eu faço, mas a razão pelo qual eu o tomo. E essa razão desconhecem.</div><div>Eu quero mais é chegar!</div><div>Tem tanta coisa ridícula nesse mundo. Tanta porcaria, tanto mal cheiro, tem umbigos de fora se orgulhando de tanta gordura. </div><div>E eu, na minha humilde tragetória, me esquivando das minhas próprias dores e confusões... Eu dou risada da ignorância alheia. Eu não sou um espelho, eu não sou o que querem que eu seja.</div><div>Eu furei a minha língua nos meus 18 anos. </div><div>Eu beijei mulher. </div><div>Eu não sou mais virgem. </div><div>Eu feri um coração por saber dizer não! </div><div>Pois é, eu sei dizer não, e sei muito bem como se faz isso. Simplesmente NÃO.</div><div><br /></div><div>Já doeu tanta coisa... Já soube do que iria me acontecer, e isso não evitou que acontecesse. Também não evitou a dor.</div><div>Conselhos são dispensáveis, afinal uma pessoa só aprende quando sente.</div><div>Vai dizer que você nunca colocou a mão no fogo mesmo com pessoas te avisando que queimava?</div><div>"Ai!!!"</div><div>"Não falei pra vc não por o dedo aí, menina, que isso queima!"</div><div>"Buáááá"</div><div>"Vem aqui que a mamãe assopra"</div><div>Doeu, aprendeu, sarou... E lá vai a dita cuja da criança brincar com fogo de novo...</div><div>Adultos? Aonde?</div><div>Gente é gente! Coração é coração. Não muda.</div><div>O ateu, no susto de um acidente, deixa escapar um "Meu Deus, socorro!"... Sai vivo. Ainda ateu.</div><div><br /></div><div style="text-align: left;">Não quero escandalizar. Eu quero é RESPEITO!</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Pelas minhas escolhas. </div><div style="text-align: left;">Pela minha vida.</div><div style="text-align: left;">E pelo sentimento gritado dentro do peito.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div>E depois dizem que é pro meu bem... Ai-ai-ai.</div><div>Querem mesmo o meu bem?</div><div>Tragam ela pra mim!</div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-68011525785761901422009-03-20T08:00:00.000-07:002009-03-20T13:28:32.423-07:00...<div style="text-align: center;">Estou assim, meio "<i>sei-lá</i>".</div><div style="text-align: center;">Sabe?</div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic; "><b>Sei lá.</b></span></div><div><br /></div><div>Estava conversando com uma amiga minha e me lembrei de um texto da Elisa Lucinda, deu vontade de reler. E é incrível como não importa quantas vezes eu o leia, ele sempre me surpreende, então resolvi postar.</div><div><br /></div><div><div style="text-align: center;">"<i>A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida </i></div><div style="text-align: center;"><i>Que eu já tô ficando craque em ressurreição. </i></div><div style="text-align: center;"><i>Bobeou eu tô morrendo </i></div><div style="text-align: center;"><i>Na minha extrema pulsão </i></div><div style="text-align: center;"><i>Na minha extrema-unção </i></div><div style="text-align: center;"><i>Na minha extrema menção </i></div><div style="text-align: center;"><i>de acordar viva todo dia </i></div><div style="text-align: center;"><i>Há dores que sinceramente eu não resolvo </i></div><div style="text-align: center;"><i>sinceramente sucumbo</i></div><div style="text-align: center;"><i>Há nós que não dissolvo </i></div><div style="text-align: center;"><i>e me torno moribundo de doer daquele corte </i></div><div style="text-align: center;"><i>do haver sangramento e forte </i></div><div style="text-align: center;"><i>que vem no mesmo malote das coisas queridas </i></div><div style="text-align: center;"><i>Vem dentro dos amores </i></div><div style="text-align: center;"><i>dentro das perd<span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic; ">as de coisas antes possuídas</span></span></i></div><div style="text-align: center;"><i>dentro das alegrias havidas </i></div><div style="text-align: center;"><i><br /></i></div><div style="text-align: center;"><i>Há porradas que não te<span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic; ">m saída</span></span></i></div><div style="text-align: center;"><i>há um monte de "não era isso que eu queria" </i></div><div style="text-align: center;"><i>Outro dia, acabei de morrer </i></div><div style="text-align: center;"><i>depois de uma crise sobre o existencialismo </i></div><div style="text-align: center;"><i>3º mundo, ideologia e inflação... </i></div><div style="text-align: center;"><i>E quando penso que não </i></div><div style="text-align: center;"><i>me vejo ressurgid<span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic; ">a no banheiro</span></span></i></div><div style="text-align: center;"><i>feito punheteiro de chuveiro </i></div><div style="text-align: center;"><i>Sem cor, sem fala </i></div><div style="text-align: center;"><i>nem informática nem cabala </i></div><div style="text-align: center;"><i>eu era uma espécie de Lázara </i></div><div style="text-align: center;"><i>poeta ressucita<span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic; ">da</span></span></i></div><div style="text-align: center;"><i>passaporte sem mala </i></div><div style="text-align: center;"><i>com destino de nada! </i></div><div style="text-align: center;"><i><br /></i></div><div style="text-align: center;"><i>A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida </i></div><div style="text-align: center;"><i>ensaiar mil vezes a séria despedida </i></div><div style="text-align: center;"><i>a morte real do g<span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic; ">astamento do corpo</span></span></i></div><div style="text-align: center;"><i>a coisa mal resolvida </i></div><div style="text-align: center;"><i>daquela morte florida </i></div><div style="text-align: center;"><i>cheia de pêsames nos ombros dos parentes chorosos </i></div><div style="text-align: center;"><i>cheio do sorriso culpado dos<span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic; "> inimigos invejosos</span></span></i></div><div style="text-align: center;"><i>que já to ficando especialista em renascimento </i></div><div style="text-align: center;"><i><br /></i></div><div style="text-align: center;"><i>Hoje, praticamente, eu morro quando quero: </i></div><div style="text-align: center;"><i>às vezes só porque não foi um bom desfecho </i></div><div style="text-align: center;"><i>ou porque eu não concordo </i></div><div style="text-align: center;"><i>Ou uma bela puxada no tapete </i></div><div style="text-align: center;"><i>ou porque eu<span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic; "> mesma me enrolo</span></span></i></div><div style="text-align: center;"><i>Não dá outra: ti<span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic; ">ro o chinelo...</span></span></i></div><div style="text-align: center;"><i>E dou uma morrida! </i></div><div style="text-align: center;"><i>Não atendo telefone, campainha... </i></div><div style="text-align: center;"><i>Fico aí camisolenta em estado de éter </i></div><div style="text-align: center;"><i>nem zangada, nem histérica, nem puta da vida! </i></div><div style="text-align: center;"><i>Tô nocauteada, tô morrida!</i>"</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="color:#999999;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;">Elisa Lucinda</span></i></span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="color:#999999;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-large;">*</span><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 0); "><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(102, 102, 102); "><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-large;"> * *</span></span></span></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color:#666666;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"><br /></span></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:large;">E mais selinhos! *-*</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">G</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">a</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">n</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">h</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">e</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">i</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">d</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">o</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">i</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">s</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">s</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">e</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">l</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">i</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">n</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">h</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">o</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">s</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">,</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">o</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">s</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">d</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">o</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">i</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">s</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">d</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">a</span><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;"> <a href="http://www.blogger.com/profile/13984334262393734842">Lívia</a>. Mas um de cada blog.</span></div><div style="text-align: left;">Este ela me passou pelo <a href="http://queiroz19.blogspot.com/">Assunto de Menina</a>:</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtFggh70eVomzXAi8-T13qABM9X-_btj52lnKsd0Fa7FWeyu9A9fIuVJUEfH3CIJskuSqcvvuaf_4TScvd8TVcAGbtz4bU9dRESm_vZfFv4nQCCoIEzUQbTUXS4kcKdZixCaPYpJCMxJaR/s400/imagem2.jpg" /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;">E este próximo veio do <a href="http://liu-loren008.blogspot.com/">Clube da Luluzinha</a>:</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEingCqjgdP-Ekqxj27dJCmgjfdeMFMi6wae0oFkrI58Yif1ALbdthrvRT24MdZSa2diy0gVne7fYL2kaI6n17WgOVMZFC92WsA8kxFRKMu0mfeNZiGvDS7qv8hGN8qgTTbI72ZTF16Jm9wS/s400/selo_me_faz_sorrir.jpg" /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Com este, devo listar as 7 coisas que me fazem<span class="Apple-style-span" style="color:#FF0000;"> sorrir</span>, então lá vai!</div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:Trebuchet;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 22px;"><br /></span></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 22px;">1- Meu gato, quando chego em casa e ele vem correndo me dar oi, miando e me fazendo carinho.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 22px;">2- Meus amigos (todos!)</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 22px;">3- Coisinhas antigas</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 22px;">4- Riso (e pés) de neném</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 22px;">5- Beijos sapecas, em lugares proibidos.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 22px;">6- Ver alguém sorrindo pra mim.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 22px;">7- Acordar com o meu amor.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 22px;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 22px;">Depois disso eu deveria escolher 7 blogs que me fazem sorrir, mas vocês sabem que sou péssima em escolher blogs porque amo todos da minha lista! Então, como é de praxe, repasso os selinhos pra quem, da minha lista, aceitá-los! ;)<br /></span></div></div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-78866708792076219112009-03-12T11:17:00.000-07:002009-03-12T11:22:16.119-07:00Sem lenço e sem documento...<div style="text-align: center;"><br /></div>Não sei até aonde eu acredito nisso, mas querendo ou não tem lição que vale pra qualquer momento da vida:<div><br /><div style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpq9yisNYh6i2yS-DVVmjuihQCxuZb_a5Ny-6Da-wXmoXlheJaI1vlbIiE5ZoPCs38dIeDxDQHb6IUAIoWiBg05fr3gU1ZQw3idpAcFr8D8t13b2xhfV7WjsnHyKweJ2oWBu1DYpdVo4K2/s320/confian%C3%A7a.jpg" /></div><div><br /></div><div><div>Não desperdice a sua vida com aquilo que lhe vai ser tirado. Confie na vida. Se você confiar, só então, será capaz de abandonar o seu conhecimento, só então, poderá colocar de lado a sua mente. E com a confiança, algo imenso tem início. Esta vida deixa de ser uma vida comum, torna-se plena de Deus, transbordante. </div><div>Quando o coração se torna inocente e as paredes desaparecem, você fica ligado ao infinito. E você não terá sido enganado; não existirá nada que lhe possa ser tomado. Aquilo que pode ser tirado de você, não vale a pena guardar; e aquilo que não há como ser tirado de você, por que haveria alguém de ter medo que lhe seja tirado? -- não pode ser levado, não há possibilidade. Você não pode perder o seu tesouro verdadeiro.</div><div><br /></div><div style="text-align: right;"><b>Osho</b> <i>The Sun Rises in the Evening Chapter 9</i></div><div><br /></div><div><b>Comentário:</b></div><div><br /></div><div>Este é o momento de ser aquele "ioiô humano", capaz de se atirar no vazio sem a proteção do cabo elástico amarrado aos pés! E é esta postura de confiança absoluta, sem reservas nem redes de segurança escondidas, que o Cavaleiro da Água exige de nós. Uma grande euforia nos invade quando conseguimos dar o salto para o desconhecido, ainda que essa simples idéia nos apavore. </div><div>E quando adquirimos confiança ao nível do salto quântico, deixamos de fazer quaisquer planos elaborados, ou preparativos. Não dizemos: "Muito bem, confio que sei o que fazer agora: vou pôr em dia meus negócios, preparar minhas malas e levá-las comigo". Não; nós simplesmente saltamos, sem pensar muito no que virá depois. O importante é o salto, e o arrepio que ele nos </div><div>provoca à medida que caímos em queda livre pelo vazio do céu. </div><div>A carta nos dá, entretanto, uma "deixa" a respeito do que nos espera no outro extremo -- um delicado, convidativo, um delicioso rosado... pétalas de rosa, um suculento... <i>"Venha!"</i></div></div></div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-45088436757757937462009-02-27T13:40:00.000-08:002009-02-27T14:28:02.922-08:00Meu mundo fechado pra visitação<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVDoR66chX0NrrU0yLVKl-GQxbaEoFjcM7khrUyBqmmZBL93LTjdbW68UEZCbApXFlaBIs2BObAeKiiKrjkVQQ_ZoLXtGM_xILJ5tjDXvp_-axwwT8Z_HGL_9IzQK2O2LXvWeM1F2LA7Eu/s1600-h/3835mao.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5307599185170659650" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 251px; CURSOR: hand; HEIGHT: 193px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVDoR66chX0NrrU0yLVKl-GQxbaEoFjcM7khrUyBqmmZBL93LTjdbW68UEZCbApXFlaBIs2BObAeKiiKrjkVQQ_ZoLXtGM_xILJ5tjDXvp_-axwwT8Z_HGL_9IzQK2O2LXvWeM1F2LA7Eu/s320/3835mao.jpg" border="0" /></a><br /><div align="left">Enfim, fui falar com ela...</div><div align="left">Contei-lhe da minha dor, desta que quase não me deixa dormir.<br />Mas à dor dei outro nome e culpei a mim, transbordei realidade.</div><div align="left">Apontei a criança da calçada e ela me contou da senhora na<br />rua. Contei do pão sangrado que o filho comia.</div><div align="left">Ela me contou sobre sistema do qual fazemos parte, e me comparou com Pessoa. Patentiou minhas frases e tirou de mim meus futuros dias. Me deu o HOJE de presente.</div><div align="left">Deu-<em>me</em> a <em>mim</em> de presente, e colocou na minha frente um espelho.</div><br /><div align="left">E eu me vi, quase não reconheci.</div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left">Em verdade a minha dor é escondida. </div><div align="left">Tirei a máscara.</div><div align="left">Não vi em mim senão uma negação da relação entre razão e emoção.</div><div align="left">Não vi em mim senão duas janelas fechadas e uma porta trancada.</div><div align="left">Ninguém entra. Ninguém sai.</div><div align="left">Sou o possível real imaginário, desconhecidamente incorreta.</div><div align="left">Vencida.</div><div align="left">Derrotada.</div><div align="left">Escondida.</div><div align="left">E uma sacudida em urros de dor na saída.</div><div align="left">Petrificada, um caco.</div><div align="left">Um cacto! </div><div align="left">Sou o pedaçinho de uma pétala entre as pedras.</div><div align="left">Sou como quem pensa e logo esquece.</div><div align="left">Dividida entre o que eu devo, quero e posso.</div><div align="left">Falho nisso também.</div><div align="left">Sou falha, reles, ilusória, iludida.</div><div align="left">Perplexa gaguejo, me calo, contraio, remôo, me entupo...</div><div align="left">E ao encarar meus olhos, o que hei de dizer?</div><div align="left">Nem estrume nem vermes de conquistas perdidas me fazem história!</div><div align="left">Tenho subestimado meu sangue barato...</div><div align="left">Tenho colocado em prova minha única vida, e meus 19 anos vividos.</div><div align="left">Tenho apertado ao coração os medos mais vis e as provas mais terríveis.</div><div align="left">Minha viagem tem sido terrível.</div><div align="left">Mas sou eu e minha língua apimentada queimando a garganta</div><div align="left">Sou eu pressionando a ponta da faca para que perfure ainda mais minha carne.</div><div align="left">Sou eu olhando ao meu redor, urrando rebeldia entre milhares de conformados.</div><div align="left">Sou eu, quase ninguém, que é alguém sem o ser.</div><div align="left">Amargurada, de caligrafia desnuda.</div><div align="left">Eu que, sendo consolada, nego consolo. Eu faço da alma um pano de enchugar lágrimas.</div><div align="left">Faço de mim aquilo que menos sei fazer.</div><div align="left">A armadura que me deram era cor ferrugem. E eu, que prefiro branco, não vesti.</div><div align="left">Eu morrerei. Se é que já não morri. </div><div align="left">Desmistifico a morte, fazendo-me morta em vida.</div><div align="left">E que a minha paz não vos iludam, pois é a paz de alguém que já se foi.</div><div align="left">E que descançe em paz minha alma quase valente e meu coração quase contente.</div><div align="left">Pois não vêem que meus olhos já não se molham mais?</div><div align="left">Eu em confronto comigo.</div><div align="left">E quem vencerá?</div><div align="left">Por instinto me desvio.</div><div align="left">E todas as minhas armas por saudade, vontade ou dor se desfazem.</div><div align="left">Eu, pobre de mim, errônea.</div><div align="left">Fechada na minha insanidade, desprezo meus feitos e seus efeitos.</div><div align="left">Frágil. </div><div align="left">Aqui jaz o meu destino que morreu de fome.</div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com26tag:blogger.com,1999:blog-5469333777448639868.post-49766370122362258082009-02-21T08:35:00.000-08:002009-02-21T08:38:39.943-08:00E por falar em saudadeEnquanto a fumaça dançante do incenso brinca pelo quarto, o cheiro de morango mistura-se com o gosto relaxante do chá que, aos poucos, acalma o stress de mais um dia corrido...<br />E da saudade que dá dos dias em que eu me esparramava na sua cama, debruçando o meu peito sobre o seu.<br />Há quem diga que saudade é um sentimento bom... Eu não sei ao certo o que pensar.<br />O celular vibra sutilmente enquanto eu me perco dentro de mim procurando te encontrar.<br />E te encontro ali, me chamando, pensando em mim e vindo ao meu encontro numa dessas ligações que chegam pra aliviar.<br />Era você... E na sua voz, o gosto da vontade... E quanta vontade!<br />Lembrou-me dos tempos em que minhas mãos desenhavam o seu corpo e as curvas da sua boca de um beijo tão perfeito...<br />Poucos minutos de ligação...<br />Um pouco da sua respiração...<br /><br />E saudades.<br /><br /><div align="right"><span style="font-size:85%;color:#999999;">PS: Desculpem a ausência nos comentários dos blogs que tanto gosto... Os dias voltaram a correr numa velocidade desapontante. Mas assim que eu puder, comento todos!</span></div><div align="right"><span style="font-size:85%;color:#999999;">Bjs!</span></div>Millahttp://www.blogger.com/profile/13831254286881568632noreply@blogger.com5