quinta-feira, 3 de julho de 2008

Aqui, sem ter bem pra onde ir...

Parou.
Tudo parou.
O trem parou.
O barco parou.
A rua acabou.

Pela sombra desta árvore que parada me acompanha, esperava pela brisa, que me poderia trazer um pouco de você. Apenas o perfume ou um beijo carregado pelo vento... Alma gêmea, que me sorri do outro lado do rio. Alma minha, que de minha nada tinha, me apontava sete chaves e, dessas sete, jurava fazer-se uma. Mas que alma era esta que de longe me encantava?

...E então eu parei...
No rodamoinho eu parei.
Na linha da vida eu parei.
Na lágrima perdida eu parei.
Petrifiquei.

Da árvore me caiu em mãos a tua maçã. Pela tentação, curiosa te provei, fraca, culpada, confesso, viciei... E eu a olhava de volta, sem ter bem pra onde ir... Encantada pelo seu canto, encantada pelo seu pranto... Distante me via em ti. Bastou então uma mordida e te vi de perto, sua face na minha, sua respiração na minha. Aqui, diante de todos os lugares, parecia o melhor lugar.

Antes eu tivesse arriscado
Antes eu tivesse nem pensado!
Antes eu tivesse te encontrado
Antes eu tivesse me encontrado!

E, lamentando, se foi... Afastou suas mãos, se negou, me roubou, se tomou. Vi em seus olhos os meus. Vi como no disfarce de um sorriso, vi sem máscaras o motivo. Em passos lentos foi sumindo, devagar, devagar... Sem querer acreditar me neguei a olhar, mas no campo aberto nada mais me encantava. Era apenas a árvore, a maçã, tua alma, e o rio que nos separava...

Agora a vagar
De um lado para o outro de volta àquele lugar
Observo daqui, sem armas pra lutar
Disposta a apenas com os olhos acompanhar
A esperar...
E amar...
E amar...

7 comentários:

Lua Sollara disse...

Lindo...lindo...Tudo que você escreve é tão lindo...tão profundo...tão de dentro... será que só escreve assim quem vive o amor????
Estou apaixonada pelas suas palavras....

Anônimo disse...

Ai. Não consigo expressar nada... eu nem sei o q dizer.... na verdade eu nunca sei o que dizer pra você. Acho que meu ♥ um dia desses não vai aguentar...
Eu ♥ você.

Anônimo disse...

estas palavras fizeram-me lembrar de mim mesma. tenho a impressão de já ter vivido tudo o que descreves. não numa paisagem tórrida do campo, mas na vida estonteante da cidade.
um ultimo aceno que recuso, não quero olhar o fim do conto, mas no fundo talvez continue a esperar, e a amar.

bj*

Nata Neumann disse...

"Abri o coração e deixei o vento chegar, sussuros veios as palavras e em mim vim a te esperar, peguei um papel e uma caneta e deixei aquele instante me dominar... Sim, era sempre teu sorriso, teu cheiro e teu encanto que me vinha em mente a todo instante... era algo vicioso, envolvente... entorpecente que eu não quero mais abandonar, largar de mim.. TU!... perder de ti... EU!... distanciar... NÓS!" (Sambalhaukiti)

Sem muito o que fala deixo meus versos, baseados nos seus, aqueles versos de um poeta que escreve com a alma e o coração na mão, extremamente livre a sonhar!

by Nata

Nata Neumann disse...

P.S: Meus versos não tão lá akelas coisas... mas foi momentaneo como deve ser!

Ana Lívia disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
uai,fica a vontade!

otimo seu blog tb!
bj

Sammyra Santana disse...

Aaaaaaaaiiiiiiiiiiii que post lindo!!!!!

Nunca li nada tão bonito!

Tem presente pra tu de novo no meu blog! Um selinho e um meme q tu vai gostar, hahahahah

Beeeijo