Sem saber ao certo o que me aguarda o dia de amanhã, se o sol atravessará novamente a janela ou se o choro aconchegante da chuva saudará o novo dia...
Apego-me à vontade de sonhar, fechar os olhos e nos meus sonhos me refazer, reviver, renascer talvez mais jovem, ou alguns anos mais experiente... Talvez num universo paralelo sentir o gosto de poder ser, poder ter, poder viver, e alcançar enfim o poder...
Reflexos da memória me trazem à tona dias em que o limite era apenas o começo, e o final era eu quem fazia... Dias em que eu enfrentava a minha própria alma e acreditava, sobretudo, que a força do coração era a que prevalecia.
Ah, e que dias foram aqueles?
Sem medo, sem receio, sem mala nas costas, sem feridas, sem cicatrizes... O dia em que amei pela primeira vez. E de novo, pela primeira vez... E mais uma vez, amei, pela primeira vez...
Eu já não tenho dedos para contar por quantas vezes me apaixonei e, tantas dessas vezes, pela mesma pessoa... Já não tenho memória pra dizer quantas destas eu desisti de seguir, e quais as vezes prossegui... Mas lembro-me de cada amor que vivi, por ser cada um deles, a minha primeira vez...
Trago em mim lembrança de paixões avassaladoras, de desastres emocionais e de glórias sentimentais...
Fiz-me rainha, fiz-me rei... Eu fui, eu voltei, eu vi, eu enxerguei... Com a força do meu corpo, segurei fardos pelos ombros, com a leveza do meu olhar, conquistei espaços num Éden secreto... Eu chorei, eu sorri, eu me ajoelhei, eu pedi, eu segui e recebi... Teve tempos que perdoei, tempos que ofereci... E aqueles dias que em estátua vivi, e pedra eu comi... Cruzei a terra, escalei montanhas, enfrentei desertos, escapei da morte, provei minha sorte... Enchi lugares de luz, enxerguei o tesouro, cobri-me de ouro, ofereci diamantes, rejeitei amantes... E amei de novo...
Sem descobrir se é vantagem ou desvantagem amar tantas vezes pela primeira vez, vou sentindo à flor da pele cada toque de um olhar, como se o nunca tivesse recebido... Vou arrepiando-me a cada sílaba sussurrada e confundindo-me em meus sentimentos, como se nunca os tivesse sentido...
E num silêncio como este vou despejando um pouco do meu mel... Vou jogando, como se jogam os dados, as palavras, para que de alguma forma eu desvende um pouco do mistério que me segura noite após noite, em gemidos de dor e de alegria por desejos, medos e anseios...
9 comentários:
amar como se sempre fosse a primeira vez. é uma atitude que todos devíamos ter.
pq a gnt tem sempre mania de dizer que errando que se aprende. bah, qnd a gnt erra ou algo dá errado a gnt fica travado, abobalhado, com medo do presente e futuro ser igual ao passado.
qnd se ama pela primeira vez a intensidade é visivel, não há jogos, ou planos, se é sincero, não há medo e vc se joga. só assim é possivel amar.
parabéns por ser assim ,é raro.
=]
que bonito... amei estas palavras...
=') *
Achei muito bela a descrição que vc fez sobre a intensidade de suas emoções. Sempre que te visito tenho uma boa surpresa! Bjs,bom fds!
O amor é um sentimento que sabendo educar ele, pode-se conseguir tudo. O amor está dentro de nós, basta expressar isso e com ele conseguimos tudo. Todos deveriam ser assim.
...por isso eu digo que és uma filósofa escondida...
Beijos!
Acho que a gente tem que viver o agora! muito embora eu ainda nao esteja conseguindo fazer isso... ainda!
ora tô com o pezinho lá no passado, ora querendo saber do dia de amanhã... hunf! e o agora indo 'simbora'...
mas eu aprendo, juro que aprendo!
Beijo
Caramba...to zonza ainda aki...
o q posso dizer sobre isso?
To sem palavras...simplesmente adorei o q vc escvreveu!
Amei amei amei
parabéns
bjaummmmmmmmmmmmmm
aaaaai aaaaaaai adooooro esse blog!!
E sabe que tb adoro ler os seus textos?
Passando sempre por aqui!
Ps: Não to cabendo em mim de felicidade de tu me achar uma borboletinha! rsrs
Beeeeijo em Mi maior pra tu!
ah! tem um premio pra tu no meu blog!
;)
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