Ando com novos planos para o blog, mas me falta tempo. Estou na reta final de um semestre, por isso peço desculpas pela ausência. Mas encontrei um desabafo meu, uma gravação que fiz enquanto conversava com alguém e, ouvindo, percebi que sairia um texto legal, então resolvi digitar. É um pouco antiga, mas achei digno, já que estou tão sem tempo pra coisas novas:
Ao telefone:
Eu sei, é complicado ter que escolher, e nessa escolha você perder.
É complicado o muro rachar e a casa cair... Uma casa que se demora anos pra construir e mais anos pra habitar.
É complicado andar a pé pelos caminhos sem saber onde vai dar.
É complicado a incerteza. O incerto dói mais que um não. Um talvez. Nenhuma resposta concreta... Nenhuma resposta... Todas incertas. Todas em vão.
Eu queria mesmo era falar do que vem acontecendo
Eu queria mostrar o que venho vivendo
O que tenho colocado dentro de mim
E socado na cara do espelho
Eu quero é mostrar, pegar na tua mão e dizer venha...
Pra esse lado
Olha o que você evita, olha que você tem medo
Sinta o que você tem evitado sentir
Eu quero te mostrar...
(...silêncio...)
Eu tenho procurado respostas.
Tenho culpado a pessoas que talvez nem saibam dos espinhos
Tenho procurado culpado num lugar onde são todos vítimas.
Vítimas das próprias escolhas, e do que querem pra si.
Vítimas do que chamamos de livre-arbítrio.
E se o próprio livre-arbitrio nos prende... O que poderia, de fato, nos libertar?