sábado, 25 de outubro de 2008

Dois de mim

Em um momento de extrema crise existencial, quando não há nada para se fazer numa aula de história da arquitetura e o urbanismo, o som da caneta ao arranhar o papel fala mais alto:

Ela andava pelos campos abertos
Regando as flores que pediam o seu mel
Ela amava o mundo em que vivia
Pelo grande ou pequeno se encantava
Até quem aparecia para machucar ela amava
Feita doce e mel ela caminhava
Em flores e cores caminhava
Estava sempre sozinha
De mãos dadas, sozinha
Apaixonada, sozinha
Ajoelhava-se e falava com Deus
Rendia-se em confissões
Numa mão um cálice, na outra seus corações...


Ela caminhava pela cidade densa
Entre ponteiros de um tempo que não pára
Ela observava de longe mundos ao redor
Regada de esperança, força e dor
Monocromática buscava neste mundo sua cor
Curando feridas alheias se curava
Enchergando almas alhieas se encontrava
Ajoelhava-se falando com Deus
Rendia-se em confissões
Numa das mãos um vão, na outra sua serena solidão.
.

17 comentários:

Alluc disse...

Que poema lindo!!
Mas triste...

Em uma das mãos deveria carregar o coração, na outra seus reais sentimentos...

Porém isso é perigoso... Juntando os dois você cohece o AMOR e com ele será feliz e completo, pois o AMOR nos trás tudo que queremos!

Se os deixar balançar ou cair, não sabemos se será forte o suficiente para continuar...

Mas eu sei, que você é boa nisso! E não desista NUNCA!!!
BEIJÃO!!!

Carol disse...

Liiiindo!!!
=)

RJ disse...

Concordo com o Pandumiel...

lindo, porem triste...

eu ja gostava disso... aproveitar as aulas chatas ...p fazer isso

Unknown disse...

Poxa...muito bonito
Se numa aula chata você escreveu isto...imagine o teu potencial.
Abraços

Anônimo disse...

Milla, eu ficava desenhando flores e borboletas nas aulas chatas.uma boa idèia para o semestre que vem porque este acabei trancando.

O pessoal na blogosfera anda meio nostálgico hoje.
Beijos!

Natália disse...

Aulas de arqutitetura são inspiradoras! Assim como vc, neh ;)

Adorei Tchuca.
Sobre ele ser triste...adorei tbm rs.As pessoas escrevem no amor e na dor ,certo?

Bjão Tchuca Milla
A naty tá com saudades

Livia Queiroz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Livia Queiroz disse...

Ela eh tão complexa, tão intensa, triste, solta, viva... LINDA!
Apaixonei-me pelas mãos que ora carregam coração e ora carregam o vão.
Apaixonei-me por seu poema.
O limite entre os extremos vc descreveu com tanta simplicidade que A vi como se ELA estivesse bem na minha frente.
Poxa qndo eu crescer qro escrever assim!

Parabéns...

ameeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiii

P.s.: Tava lendo o seu Meme...kkkk akela história do primeiro beijo. huahauhua eita acho q morderia a lingua dele só de sacanagem...
Por falar em So de Sacanagem, não é que gostamos praticamente das mesmas coisas?
Elisa Lucinda, Clarice Lispector e Paulo Coelho; Cassia Eller, Nando Reis, Ana Carolina; Chocolate, Dentre outras que não lembro agora rsrrs

Aaaaaaaaah e temos a mesma idade??
hehehe
It's so great
=]

bjaummmm

Anônimo disse...

Ainn Milaaa que saudadeeeeeeee!
*-*

Texto maravilhoooooooooso!
Te adoooooooro!♥

Natália disse...

AAAh Tchuca!
Brigada, fiquei feliz com o comentário. Que bom que vc gostou, mas elas não são perfeitas, mas eu continuo buscando rs.

Bjão

Alluc disse...

Mas Milla, eu estava neste lugar pra falar com minha amiga... Mais paz que isso eu não conheço...

kilder disse...

que coisa bacana o seu blog! parabens pelos versos, bem leves e verdadeiros!!!

parabens.

Renata disse...

Perfeito! Adorei!

Simplismente me indentifiquei... me tocou mesmo!!!

*Na verdade eu já perguntei, mas a resposta nunca é sincera...

Obrigada!
Seu blog tá lindo!

Anônimo disse...

obrigada por todas as palavras de conforto...

beijo milla*

Tiffany disse...

"Monocromática buscava neste mundo sua cor
Curando feridas alheias se curava
Enchergando almas alhieas se encontrava"

lindo!

Anônimo disse...

"Curando feridas alheias se curava"

Muito lindo este poema, principalmente essa parte, apesar de triste e de que não acho que uma pessoa deva se abster dela mesma, é possivel se entregar pelo mundo e se entregar a si mesma.

Beijos.
Parabéns!
:)

Sammyra Santana disse...

As crises existenciais nos trazem pouco saldo positivo, mas, com certeza, dentre eles, está o desabafo na escrita e produções lindas como esta que acabei de ler!
Vai dar tudo certo pra ti, Mila!
Beijo