Falar... prosear... sei lá.
E colocar aqui teorias que aprendi hoje, com um pedaço de ontem e minha visão sobre amanhã...
Amanhã, alias, é meu primeiro dia de trabalho, o que tomará mais da metade do tempo que ainda tenho...
Posso dizer que estou ansiosa e receosa...
E se eu errar, e se não der certo?
Mesmo que nossos erros sejam as únicas coisas originais que fazemos, eu tenho medo.
Vou ter que lidar com pessoas e exercitar de um jeito bem rude o meu inglês. Indianos.
Experiência, eu diria, mas diria Oscar Wilde, experiência é simplesmente o nome que os homens dão aos seus erros. Seria outra teoria, não a minha.
Vou trabalhar enquanto a cidade dorme.
Enquanto uns se perdem, e outros se encontram...
Vou trabalhar com meu notebook do lado, e as frases que me vierem no disfarce de qualquer tédio, vou anotar.
A literatura é de fato uma forma de sonhar.
Se todos lá fora, em suas camas sonham, sonharei, acordada,os meus próprios sonhos.
Tenho em mim um ser, um espírito que só se revela a noite.
E é este que escreve, se descreve, que vomita o que sente, que anoitece, amanhece, aparece, desaparece.
E este estará ainda mais desperto, com sua essência à flor da minha pele.
Não o prenderei, como nunca o fiz, até mesmo porque não o conseguirei, mas estarei duas: eu, de pés cravados no chão e aquela outra parte de mim, tão longe quanto a lua que de lá poderei ver.
Espero enfim, que minha intuição neste caso esteja certa.
Uma nova fase, como uma criança, está para nascer.
Lua nova.
E por falar em Lua...
Descobri uma eclipse solar acontecendo por perto. Sol e lua unidos numa coisa só, olhando pra mim, mas distantes como tal... E isso mexe tanto com os meus sentidos... Ao mesmo tempo que odeio, eu amo isso.