terça-feira, 7 de setembro de 2010

Eu vou descendo por todas as ruas...

Apesar de não controlar o solo onde ando
Tenho o controle da minha mente e coração
E o solo vai se rasgando
Mas vou seguindo no caminho cheio dos pedaços caidos das casas
E deixando o resto do que sobrou pra trás
E passa tudo, correndo por todos os minutos do tempo
Que, preciosos, vão levando a minha vida
Vou pra cama com todos os sentimentos
Uma imensidão que não cabe no travesseiro
E troco olhares com todos os impulsos para partir
Mas da minha jornada sei eu
E da fonte de todos os motivos eu sobrevivo
E rio, rio, rio despojadamente dos meus próprios medos
Rio só por sentir
Pela plena liberdade de espírito
E, sendo sincera, contradigo-me o tempo todo
Mil perdões
Eu sinto tudo e de todas as maneiras
Os medos que me rodeiam
Transformam-se num piscar de olhos em brasa quente
E, só de sacanagem, passo descalça
E logo ali na frente, coloco os ladrilhos no lugar do carvão
E vou me despedindo...
E vou me despedindo...


(05/09/2010)

5 comentários:

Alluc disse...

Olha só..
Que o caminho não é feito por onde passamos, mas sim pq passamos por ele.

E quem quiser que julgue sua contradição, só digo-lhes que quem nunca se contradisse, não sabe o que é ser humano de verdade.

Só não se despeça de mim, pois meu coração se despedaçaria...

Anônimo disse...

"E da fonte de todos os motivos eu sobrevivo..." pelo bem da poesia!
força sempre

monica mosqueira disse...

Tempos que não visito..
Blog tá de cara mudada..rs..
visito com calma depois viu?abrçs!

JIME disse...

"O amor é o objetivo último de quase toda preocupação humana; é por isso que ele influencia nos assuntos mais relevantes, interrompe as tarefas mais sérias e por vezes desorienta as cabeças mais geniais."
(Schopenhauer)

Aline disse...

"E rio, rio, rio despojadamente dos meus próprios medos", bonita poesia!

www.identidadenoroeste.com