quarta-feira, 28 de maio de 2008

O mundo está ao contrário. E ninguém reparou!

Sem tempo, sem tempo nenhum! Já devem ter percebido o quanto meus dias andam corridos... E confusos, claro, como sempre... Como uma boa geminiana, não me decido entre a direita e esquerda, por isso às vezes é bom colocar os pés no chão e deixar de sonhar um pouco. Começar a viver a vida real, porque até quando eu trabalho eu viajo na maionese... Mas fazer o quê? Não tem como fazer arte com os pés no chão! Ás vezes agente tem q deixar a realidade de lado e fazer algo bonito... Isso é arquitetura!
A maioria das pessoas fariam o exato contrário... No campo sentimental elas sonham, viajam, já não estão nem aqui... Estão em qualquer lugar acima do arco-íris ou em um buraco debaixo da ponte do rio mais sujo possível. Já no campo profissional, é melhor manter a realidade sempre ao lado e não desviar a atenção pro mundo sentimental.
Eu não! É melhor eu estar sempre acima da camada de ozônio pra fazer meus trabalhos e com os pés enterrados firmes no chão pra poder sentir e viver algo com alguém. É, a vida é realmente surpreendente...

Estou sem idéias pra postar, não muita coisa pra falar, nem tanto a dizer (observem eu não me importar)...
No entanto, caiu do guarda-roupa (antes tivesse caído do céu), bem em cima da minha cabeça um relicário cheio de textos e cartinhas bonitinhas... E não poderia ter vindo em hora mais oportuna! Li um texto que é uma graça, e vou compartilhá-lo com vocês. Texto sem título e de autor desconhecido, se for seu me avisa que eu coloco o nome.

"Um dia um grande filósofo perguntou aos seus discípulos o seguinte:
- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
Os homens pensaram por alguns momentos:
- Porque perdemos a calma - disse um deles - por isso gritamos.
- Mas, por que gritar quando a outra pessoa está do seu lado? - Perguntou o filósofo - Não é possível falar em voz baixa? Por que gritar a uma pessoa quando está nos observando?
Os homens deram algumas respostas, mas nenhuma delas satisfez o filósofo. Finalmente ele explicou:
- Quando as pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poder escutar-se. Quanto mais aborrecidos estejam, mais forte terão que gritar para escutar-se um ao outro atravez desta grande distância.
Em seguida o filósofo pergunta:
- O que se sucede quando duas pessoas se enamoram? Elas não gritam, mas sim se falam suavemente. Por quê? Porque seus corações estão muito próximos. A distância entre eles é pequena - continuou o filósofo - Quando se enamoram acontece mais alguma coisa? Não falam, somente sussurram. Ficam mais perto ainda de seu amor. Finalmente não necessitam sequer sussurrar, somente se olham e isto é tudo. Assim é quando duas pessoas que se amam estão próximas.
Então disse o filósofo: - Quando discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não diga palavras que os distancie mais, chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta."

segunda-feira, 19 de maio de 2008


"A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem."

(Guimarães Rosa)

quarta-feira, 14 de maio de 2008

So read me...

Ganheii mais um selinho da Iza, e quero agradece-la por aqui, novamente, por sempre se lembrar de mim, e pelo carinho que tem demonstrado tanto no meu blog quanto no dela!
Este, desta vez, vem com os dizeres "Este blog me faz pensar"... Adorei!


Este eio com um meme, que eu fiz questão de responder porque adoro esse joguinho de perguntas e respostas...

Lá vai...

1 - Qual é a sua palavra favorita?

Já até comentei neste blog a minha adoração pelo verbo "Navarandolhar"...
Adoro!

2 - Qual é a palavra que você menos gosta?

Não há uma em especial, mas aquelas que indicam pessismismo... Ah, não gosto.

3 - Qual é o seu som favorito?

Risos
É incontrolavelmente contagioso!

4 - Qual é o som que você mais odeia?

O som do silêncio. Não o silêncio da paz, mas o silêncio que não diz nada e ainda sim você entende a mensagem.

5 - Qual é o seu palavrão favorito?

Rhátománo...

6 - O que te anima?

Novos planos, novas possibilidades, novos caminhos, o desconhecido...

7 - O que te repugna?

A hipocrisia! Vejo isso de perto e é insuportavelmente repugnante!

8 - Qual profissão, diferente da sua, você gostaria de ter?

Arqueologia sempre me fascinou muito... Pena não ter muita áerea para essa profissão...

9 - Qual profissão você nunca gostaria de ter?

Aeromoça... Pavooor de avião!

10 - Se existir o Paraíso, o que você gostaria de ouvir Deus te dizendo quando você chegasse à porta do Céu?

Fizeste um ótimo trabalho e me orgulho em tê-la por aqui!


Passo este carinho pro astronauta de Devaneios...
Espero que goste!

Bjs a todos!

terça-feira, 13 de maio de 2008

E o pensamento lá!

Não vou mais falar de sentimentos!
Pronto, resovido.
De agora em diante, neste blog, nada de textos sentimentalóides...

Podemos falar de muitas coisas, tenho uma lista bem eclética de amigos por aqui...
Podemos falar sobre o tempo, hoje chuviscou... Amanhã provavelmente vai chover.
Eu não queria que chovesse principalmente pela possibilidade de rever um anjo que há um tempo deixou no meu quarto saudades da sua luz... Epa, estamos já entrando no meu coração.
Mudemos de assunto então!
Vamos falar sobre O "caso Isabella"... Sua mãe deu uma entrevista no fantástico falando coisas que o Brasil todo ansiava por ouvir. Eu quase chorei ao assistir, afinal estou acompanhando o caso desde que começou a ser divulgado. Teve alias uma pessoa que, debaixo da chuva, veio me perguntar se eu acompanhava o caso também. Que momento... Não tinhamos muito o que discutir, mas também nenhuma pressa de sair debaixo daquela chuva que chegava a ser cinematografica... Certo, estou entrando num assunto delicado agora.
Posso falar do quê?
Livros. Um ótimo assunto para um blog!... Mas ao ler, em vez de abstrair, eu vou achar que tudo o que o escritor escreveu foi para mim em particular, tudo pode ter semelhança com o que estou vivendo, mesmo que esteja falando sobre a erupção do Vesúvio que soterrou Pompéia.

Ah, desisto.
É sempre assim, agente acha que pode fugir, mas sempre vem alguma benedita lembrança e tudo volta a acontecer...
Eu sou feita de sentimentos, e nem sempre por uma pessoa só...
São vários sentimentos, por várias pessoas e de variadas intensidades
Eu sou aquilo que eu sinto
Eu sou a música que ouço e me toca no coração
Sou a palavra que digo, que sai até sem intenção
Sou as emoções vividas de momentos inesquecíveis
Sou minha mãe, meu pai, meu primeiro amor...
Talvez eu não seja aquilo que você vê
Mas sou, com certeza, aquilo que você sente.

Dizem que o tempo cura tudo.
Talvez não...
Talvez ele simplesmente desfoque a nossa atenção naquilo que é incurável.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Vidas nuevas!

Blog de cara nova... Azul, uma das minhas cores preferidas.
Porque mudar às vezes faz bem ;)
Meus eternos agradecimentos (de novo) à Kucha que me ajudou muuuuuuuuito na decisão da img... e ao Digo que me ajudou a escolher a fonte. ^^

Enfim... Só pra não ficar um vão, vou postar um texto da Martha Medeiros que tem tudo a ver comigo, mas fiz algumas mudanças. Afinal, devo ter sido fabricada no mesmo lote que ela e Clarice Lispector. Deve ter um meio termo aí...

Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas ... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo, eu não sei mentir. Respeite meu choro, me deixe sózinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. (então fique comigo quando eu chorar, combinado?). Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes!
Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música e de sexo. Goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas. Eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar ... experimente me amar!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

E subo bem alto...

Ouvi dizer que a insônia é um mal que por vezes vem pro bem. Agora são quase 3 da manhã e não adianta tentar, eu não consigo dormir... Insônia. E ao fechar meus olhos, tantas coisas passam diante deles... As pessoas, os lugares, as cores, as luzes, o cheiro, o toque, o som disperso em diferentes dimensões.
Decidi me entregar à insônia, ir na cozinha, preparar um leite quente, sentar-me na cama com meu notebook no colo e assim começar a desabafar em palavras meu pesadelos. Se é que posso chamar meus pensamentos de pesadelos. Lembranças nem sempre são um mal. Pelo contrário...
*pausa para um gole de leite. tá frio...
Não, lembranças definitivamente não são um mal. É preciso saber lembrar, saber pensar... As pessoas tem mania de ligar saudade com sofrimento. Saudade é gostoso quando pensamos nos risos e sorrisos, nas confusões engraçadas. Nos frios que sentimos na barriga, e que depois por incrível que pareça voltamos a sentir. Na surpreendente descoberta do que somos capazes quando tentamos... Nos últimos momentos, nos melhores momentos. E nos piores, tendo consciência de que já passou.
E já não é saudade, senão nostalgia. Em momentos de insônia, estou no meu direito de pensar, lembrar, imaginar... Sonhar acordada, já que dormir fica difícil.
Amanhã, ou melhor, hoje, acordo cedo para fazer uns trabalhos, e nesse frio vai ser preciso muita coragem pra levantar da cama, sabendo que o melhor sono é aquele de depois das 10:00.
Por fim, sem mais enrolação, despejo aqui o que realmente me fez tomar a iniciativa de aproveitar este mal que, hoje, veio pro bem.

Bom, se eu fosse uma pessoa que apenas sonha, talvez não teria em minha bagagem tantas lembranças. Eu sonho, sim. Mas a força do meu sonho me encoraja a segui-lo. No tarot, the fool. Aquele que entrega uma flor à lua, jogando-se de cima de um penhasco. Talvez da loucura venha a minha força. Da harmonia entre o pensar, dizer e fazer. Mas também a incapacidade de aquietação. De permanecer por muito tempo em um só lugar. Pela curiosidade, vontade e impulsividade...
Aí se de repente alguma coisa me breca eu me esfolo no chão, tamanha a velocidade que corro! Ralo o joelho, bato o queixo no chão, torço o tendão... E paro assustada. Olho para os lados e por um momento me desfaço de tudo! Porque de repente vejo que o machucado está doendo e eu não quero nem mais andar, o joelho ralado sangra...
Esse talvez seja o preço por andar de modo a sentir o vento no meu rosto, a emoção de cada passo dado, a sensação de quase poder sair do chão, voar... E acreditar que isso sim faz a vida valer à pena!
Aí machucada, desisto... E desisto de novo, e de novo... Desisto umas dez vezes por dia! Então vejo uma mão a se estender, uma palavra, um carinho, um olhar... Pessoas a meu redor, me lembrando de quem sou eu, que ainda há música, que tudo passa, e que é preciso arriscar sempre... E eu agradeço. E me levanto.
E recomeço a andar...

"Se na vida eu apanho, outras vezes eu bato, mas trago minha blusa aberta e uma rosa em botão"